Série B: Brusque se cala e Londrina garante que a "luta continuará" contra o racismo

Brusque recuperou os pontos, mas perdeu um mando de campo e levou multa de R$ 60 mil

Brusque recuperou os pontos no Pleno do STJD

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Chega de racismo. (Foto: Divulgação)

Londrina, PR, 19 (AFI) – Não houve comemoração por parte do Brusque nas redes sociais. O clube recuperou os três pontos perdidos no caso de racismo graças ao Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O Brusque preferiu não se expor ainda mais no caso e ‘ignorou’ a decisão judicial, pelo menos, externamente.

O Londrina, por outro lado, usou as redes sociais para lamentar e garantir que a luta contra o racismo seguirá. O LEC, no entanto, evitou críticas ao Pleno do STJD.

“A LUTA CONTINUARÁ! Independente de qualquer julgamento, a nossa luta é para que esse crime não aconteça! Como já dito, não deve haver tolerância, não deve haver conivência, a luta permanecerá! RACISMO NÃO, é o que ecoará!”, escreveu o clube paranaense.

PUNIÇÃO!
O Brusque recuperou os pontos, mas perdeu um mando de campo e levou multa de R$ 60 mil pelo caso de racismo de um dirigente nas arquibancadas do estádio Augusto Bauer. Condenação muito leve ao time catarinense, que poderia perder até três pontos na classificação da Série B.

Júlio Antônio Petermann, presidente do Conselho Deliberativo do Brusque, foi punido com suspensão de 360 dias e multa de R$ 30 mil. Condenação que foi unânime por todos os integrantes do STJD.

Com a recuperação dos pontos, o Brusque subiu para o 14º lugar com 44 pontos, ficando à frente de Ponte Preta (43), Remo (41), Londrina (41) – que abre a degola -, Vitória (40) e Confiança (36), todos na luta contra o rebaixamento.

RELEMBRE O CASO
Celsinho relatou ter sido chamado de “macaco” por um senhor ligado ao Brusque – o presidente do Conselho Deliberativo do Brusque, Júlio Antônio Petermann – durante partida. No intervalo, o jogador chamou o quarto árbitro do jogo e chegou a apontar a pessoa que proferiu as ofensas racistas. Petermann ainda disse, na oportunidade, “vai cortar o cabelo seu cachopa de abelha”.

RECORRENTE
Foi a terceira vez que o jogador sofreu com racismo. A primeira foi no jogo contra o Goiás, no dia 17 de julho, onde um narrador e um comentaristas da Rádio Bandeirantes Goiânia usaram termos como “cabelo pesado”, “bandeira de feijão” e “um negócio imundo” para comentar do cabelo do atleta.

Pouco tempo depois, em partida contra o Remo, narrador Cláudio Guimarães, da Rádio Clube do Pará, falou que Celsinho vai “com seu cabelo meio ninho de cupim para bater na bola”.

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