Torcida do Brasil é nona em ingressos na Copa do Catar

Rumo a Doha, por Vicente Datolli Falta confiança da torcida na nossa seleção? é o que parece pelos números atuais da Fifa

O Brasil aparece em nono lugar das torcidas que compraram ingressos para a Copa do Catar

RUMO A DOHA, por Vicente Datolli
Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Será apenas falta de dinheiro ou, efetivamente, confiança na nossa seleção?

O Comitê Organizador da Copa do Mundo do Qatar divulgou a relação dos países que mais compraram ingressos, até agora, para o Mundial de 2022.

E o Brasil aparece em uma modesta nona colocação, com menos de 40 mil ingressos adquiridos por nossos torcedores.Até o momento, dos mais de 3,1 milhões de entradas disponíveis, cerca de 2,7 milhões já foram compradas – a liderança, total e absoluta, claro, é dos donos da casa, que adquiriram quase 1 milhão de entradas – isso mesmo, os cataris estão de posse de 33% dos ingressos colocados à venda. E esse total ainda pode crescer.

Na lista dos dez mais, e superando a marca de 100 mil bilhetes, estão os Estados Unidos (segundo, com 146 mil ingressos em mãos); e a Arábia Saudita, em terceiro lugar (são vizinhos dos cataris), com pouco mais de 120 mil ingressos.

Depois vêm, pela ordem, Reino Unido (92 mil), México (91 mil), Emirados Árabes (66 mil), Argentina (61 mil) e França (42 mil). Só aí aparece o Brasil – a Alemanha fecha a relação dos dez primeiros colocados com pouco mais de 38 mil bilhetes.

Resumindo: o Brasil está em nono lugar, tendo outros três países das Américas à sua frente: Estados Unidos e México (que receberão a Copa do Mundo de 2026), e Argentina. As nações do Oriente Médio beliscam três posições e as três finais são da Europal.Sabemos todos que acompanhar a seleção no Catar será algo caro, desde a passagem até a hospedagem, mesmo assim, é de se estranhar a pequena presença brasileira. 

Se levarmos em conta que cada torcedor vê pelo menos dois jogos, estamos falando em menos de 20 mil brasileiros em Doha – quantidade menor, por exemplo, que a de corintianos no Japão em 2012, ano do Mundial do Timão.

E nesta semana, participando do congresso de imprensa esportiva internacional, em Roma, tive a oportunidade de ouvir do presidente da UEFA, o esloveno Aleksander Ceferin, que tem a certeza de que o Mundial de 2030 será dividido entre Portugal e Espanha.

Chegou a fazer graça lamentando que “a final será no Santiago Bernabeu” – e disse isso porque, um dia antes, o presidente do Real Madrid voltou a falar na tal Superliga da Europa.

Essa postura, sem dúvida alguma, é um tremendo balde de água fria às pretensões do Uruguai, de realizar a Copa do Centenário (perdoem o trocadilho com o mais importante estádio uruguaio), junto com Argentina, Chile e Paraguai.

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