Primeiro tempo do Guarani, segundo do Criciúma; empate justo

O torcedor bugrino questiona: o que aconteceu com a sua equipe que, após um primeiro tempo primoroso, caiu bastante de rendimento na sequência ?

Futebol é feito de estratégia, e o Guarani levou para Criciúma proposta de se atirar sobre o adversário no início da partida, e depois se defender

Guarani empata com o Criciúma fora de casa
Guarani empata com o Criciúma fora de casa (Foto: Celso da Luz/ Criciúma E.C.)

Campinas, SP, 13 (AFI) – Neste empate do Guarani com o Criciúma por 1 a 1, na noite desta quinta-feira no interior catarinense, pela Série B do Brasileiro, o torcedor bugrino questiona: o que aconteceu com a sua equipe que, após um primeiro tempo primoroso, caiu bastante de rendimento na sequência, dominado integralmente pelo adversário, e com risco de sair derrotado?

A resposta é simples: futebol é feito de estratégia, e o Guarani levou para Criciúma proposta de se atirar sobre o adversário no início da partida, construir a vantagem e, posteriormente, administrá-la com providencial recuo das suas linhas, sem que isso indicasse abdicar do ataque.

BURACOS

Como o Criciúma se soltou ao ataque em busca do empate, deixou buracos em sua defensiva, e a proposta do Guarani foi colocar velocidade nas transições em contra-ataques.

Foi assim que o volante Matheus Barbosa colocou o atacante Bruninho na cara do gol, mas na tentativa de apenas deslocar a bola do goleiro Alisson, aos 41 minutos do primeiro tempo, registro para a defesa praticada com o pé esquerdo.

GOLAÇO

Assim, foi um primeiro tempo que encantou bugrinos com um belo gol anotado através do atacante Bruninho, aos oito minutos. E que pintura de gol!

Ao receber passe primoroso de seu parceiro Bruno José, ele aplicou drible seco e desconcertante sobre o lateral-direito Claudinho, antes do arremate certeiro.

Foi um primeiro que, se o Criciúma teve mais posse de bola, de prático criou apenas uma chance clara de gol, quando o volante Arilson arrancou com a bola e ficou cara a cara com o goleiro Pegorari, aos 16 minutos, mas prevaleceu a defesa difícil do bugrino, no canto direito.

ÁLVARO

Com 30 minutos, inevitavelmente o bugrino ficou preocupado com a lesão na coxa sofrida pelo goleiro Pegorari, ocasião em que cedeu lugar para o garoto Álvaro, que até então não havia jogado.

Entretanto, sequer pode-se dizer que ele teve parcela de culpa no gol de empate do Criciúma, aos 12 minutos do segundo tempo, quando o zagueiro Rodrigo lançou Fabinho no comando do ataque, e a conclusão foi bem sucedida.

A rigor, Álvaro ainda praticou defesa em finalização de Vizeu e contou com a sorte na cabeçada de Fabinho, com a bola chocando-se no travessão.

POR QUE A QUEDA?

Ora, se o Guarani foi tão bem durante o primeiro tempo, sabendo se desdobrar para se defender, por que o ritmo foi quebrado no segundo tempo?

Simples. Correr, do jeito que correram Bruninho, Bruno José e João Victor, durante o primeiro tempo, em incessante vaivém, não há pernas que aguentem esse ‘trem de jogo’.

Uma hora o ‘gás’ acaba e acabou para esses jogadores.

Aí houve demora no processo de substituições no time bugrino que, por sorte, enfrentou um adversário com raras transições em velocidade, visto que a característica dele é valorização da posse de bola, rodando-a de uma lateral a outra, a procura de brechas para penetrações ou explorar cruzamentos.

De qualquer forma, considerando-se o Criciúma como equipe na ponta de cima da classificação desta Série B e postulante ao acesso, o Guarani tem mais é que comemorar esse ponto conquistado fora de casa.

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