Opinião: Passou da hora de 'repaginar' a nossa Seleção

Mas há uma certeza nesse momento. É preciso começar a "reconstruir" e, desde já, esse "símbolo" chamado Seleção. E do zero

O torcedor brasileiro está cansado de apoiar, sofrer e ver seu time ficar pelo meio do caminho na principal competição do futebol

Brasil fora da Copa do catar
Brasil não foi bem no catar. Foto: Lucas Figueiredo

Por RIVAIL OLIVEIRA
Fortaleza, CE, 9 (AFI) – Apesar do clima de “terra arrasada”, normalmente após uma eliminação de Copa do Mundo, o momento deve ser de equilíbrio. Nem tudo que a Seleção Brasileira fez foi ruim no Catar nestes anos de preparação.  Aconteceram falhas, erros? Sim, como em todo processo complexo que envolve uma participação em um Mundial.

Mas há uma certeza nesse momento. É preciso começar a “reconstruir” e, desde já, esse “símbolo” chamado Seleção. E do zero. Não como tem ocorrido nos últimos fracassos desde o último título em 2002. O torcedor brasileiro está cansado de apoiar, sofrer e ver seu time ficar pelo meio do caminho na principal competição do futebol mundial.

Ótimos números na temporada, liderança no ranking da Fifa. Mas na hora do “vamos ver”, nova decepção para a torcida brasileira.

UMA BOA GERAÇÃO

A geração atual que jogou nesse Mundial do Quatar é ruim? Claro que não !  Não estamos citando Daniel Alves e outros “veteranos”. Mas é incontestável a qualidade de jogadores como Antony, Pedro, Martinelli (que poderia perfeitamente ter entrado contra os croatas), Richarlison, Raphinha, Rodrygo, Vini Jr, Bruno Guimarães, entre outros.  Sem contar o craque Casemiro e outros valores que podem ser aproveitados na Copa de 2026 no Canadá, México, EUA.

E quanto a Neymar? O craque mostrou o que todos estão “carecas” de saber, no jogo destas quartas. Que quando está a fim, resolve. Fez um baita gol. E arriscou ainda alguns lances. Ele é um diferencial dentro de campo. Se vai estar “disposto” a jogar em 2026, com 34 anos? É uma incógnita… Se estiver, pode ser muito importante na Copa da América do Norte.

E o treinador? Encerrou neste 9 de dezembro, o ciclo de Tite no comando da Seleção. Fez grandes números, mas em termos de Copa do Mundo, foram duas eliminações duras. O futebol costuma ser “ingrato” com alguns grandes personagens.

TITE MARCADO
Telê Santana foi considerado um dos melhores treinadores da história do Brasil. E nem mesmo assim escapou do estigma de ter sido eliminado – e da forma mais sofrida possível, e com seus times jogando muita bola, nas Copas de 1982 em Sarriá na Espanha, graças a Rossi; e em 1986 no México, nos penais para uma grande França de Platini e cia. O técnico Tite ficará marcado por essas duas eliminações. Mas não deixará de ser um grande treinador. Mas ficará com essas duas “marcas”.

Mas o que vem agora? Ou quem vem?  Fala-se em Dorival Júnior. Com todo o respeito ao bom treinador que Dorival vem mostrando nestes anos todos. Esse é o momento?. Gostaríamos de deixar claro, antes de seguir ponderando, que o treinador brasileiro é muito competente e vem buscando se especializar, se modernizar e melhorar dia a dia. E não fica nada a deve aos europeus.

TÉCNICOS BEM PREPARADOS
Lembrando que temos treinadores brasileiros mais e menos preparados, como temos europeus também – Vide diariamente no noticiário, técnicos europeus também são dispensados nos clubes do “Velho Continente”.

Brasil 1 x 1 Croácia
Neymar comemorou o gol, depois chorou com eliminação. Foto: Lucas Figueiredo – CBF

Porém não é esse não é o cerne ou o ponto central da questão que vem à tona (comparar estilos ou trabalho de treinadores dos dois lados).  Mas sim,  que a Seleção Brasileira precisa no momento atual de um “chacoalhada”, de uma “mexida”.

Sim de uma mudança radical de estilos. Não que um seja melhor ou pior que o outro. E dentro dessa linha de pensamento, é preciso a CBF “ousar” e trazer um treinador da primeira linha do futebol mundial, para a Copa de 2026 ?

BOAS OPÇÕES

Seria uma possibilidade. Se não der certo, caso poder-se-ia depois de 2026, pensar no comando da Seleção de um treinador brasileiro. Abel Ferreira no Palmeiras, Vovojda no Fortaleza, entre outros vem fazendo bons trabalhos. Temos sim treinadores “não tão bons”. Mas por que não “ousar” na Seleção Brasileira?

Enfim, o fato é que a instituição Seleção Brasileira precisa ser “repaginada”, para a próxima Copa de 2026. O Brasil completará 24 anos sem títulos. É muito tempo de “jejum” para um futebol tão rico de talentos. E com um torcedor apaixonado e que merece ser respeitado e de novo voltar a sorrir e vibrar com um título numa Copa do Mundo.

Forte abraço amigos…

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