Guarani teria que fazer muita força para perder; não perdeu.

Importante foi não perder, mas o Guarani poderia ir mais longe. Fosse um adversário mais qualificado, erro de conceito na marcação poderia ter sido comprometedor.

Para o Guarani sofrer gol teria que cometer falha bárbara de conceito, como ocorreu e vou dissertar logo abaixo. Mas tudo foi antecipado

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Guarani reagiu no 2.º tempo. Foto: Francisco Cedrim - CRB)

Campinas, SP, 2 (AFI) – BLOG DO ARI – Cabe um preâmbulo sim, antes das considerações sobre este empate por 1 a 1 entre CRB e Guarani, na noite deste sábado em Maceió, na 16ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.

Analista de futebol tem obrigação de assistir jogos para embasamento nos comentários.

Quando antecipei que o Guarani teria que fazer muita força para perder a partida do CRB, estava convicto que em nada o adversário teria a mostrar além da morosidade na transição ao ataque e exagero de bolas cruzadas.

Logo, para o Guarani sofrer gol teria que cometer falha bárbara de conceito, como ocorreu e vou dissertar logo abaixo.

EXCESSO DE ZELO

Que o Guarani deveria adotar certos cuidados defensivos, isso seria questão lógica.

Como mandante, o CRB sairia mais pro jogo.

Todavia, mesmo com três volantes, foi inconcebível o erro de marcação na cabeça da área bugrina, principalmente pela desatenção de Eduardo Person, que não fechava adequadamente o buraco que ficava entre o lateral-direito Lucas Ramon e zagueiro-central João Victor, propiciando espaço para que o centroavante Gabriel Conceição, do CRB, fosse lançado.

Fosse um adversário mais qualificado, esse erro de conceito poderia ter sido comprometedor.

MOZART

Exceto a observação acima, o estreante treinador bugrino Mozart Santos teve preocupação inicial de dificultar penetração do adversário, mas se esqueceu que ficou sem o homem da organização de jogadas, ao avançar o meia Geovanni Augusto para preencher o espaço sem Lucão, que ficou na reserva.

E nas raras vezes em que a bola chegava ao ataque, Bruno José patinava e Vitinho – escalado – teve atuação discretíssima, tanto que deu lugar para Lucão no intervalo.

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Guarani e CRB empataram por 1 a 1 (Foto: Célio Júnior/Especial para Guarani FC)

FALHA DA DEFESA

Se o Guarani abdicou de jogar ofensivamente no primeiro tempo, sem finalizar uma bola sequer em direção ao goleiro Diogo Silva, o CRB só mostrou contundência no lance de seu gol, aos 42 minutos.

Um time que se dispôs a jogar atrás – como o Guarani -, priorizando a marcação, é inconcebível homens de defesa avançarem em linha, na altura do meio de campo, sem preocupação com o posicionamento da sobra.

Pois os zagueiros João Victor e Derlan e o lateral-esquerdo Matheus Pereira permitiram que o centroavante do CRB Gabriel Conceição ganhasse a jogada na velocidade, mesmo com tentativa de carrinho de João Victor, até que enfrentasse o goleiro Arthur Gazze e finalizasse fraco, mas com sucesso.

OUTRO GUARANI

Quando a obrigação indicava que o Guarani teria que trocar a defensiva pela postura ofensiva, as coisas começaram a mudar, pois passou a ter o predomínio da partida, ocasião em que se caracterizou claramente toda limitação técnica apregoada ao CRB.

Aos nove minutos, caísse a bola em pé mais qualificado para conclusão, já poderia ter sido decretado o empate, mas a finalização de Eduardo Person, nas imediações da pequena área, não teve direção.

Afora escapada do meia Rafael Longuine, travado na finalização pelo zagueiro Derlan, aos 24 minutos, o CRB inexistiu no segundo tempo.
RONDANDO A ÁREA

Já o Guarani rondava a área adversária seguidamente, tanto que aos 29 minutos o volante Leandro Vilela exigiu defesa difícil do goleiro Diogo Silva.

Entretanto, em lance seguinte, aos 36 minutos, Vilela teve sucesso no arremate rasteiro, no canto esquerdo, após receber passe de Lucão.

Diante do histórico de oportunidades, tivesse que ocorrer vencedor neste jogo, ele seria o Guarani, o que não evidencia que tenha melhorado substancialmente de rendimento em relação a partidas anteriores.

É que o CRB mostra extrema limitação, a ponto de se arriscar dizer com todas as letras que o Guarani teria que fazer muita força para perder este jogo.

E não perdeu!

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