Guarani: É normal empatar com Brusque; anormal é...
Pois comemoraram aquele empate sem gols contra a Chapecoense, ignorando que o Brusque poderia ser uma pedra no caminho. E foi o que ocorreu.
O Brusque surpreendeu ao colocar em prática uma postura extremamente defensiva nos primeiros 18 minutos. Foge de sua conotação tática.
Campinas, SP, 24 (AFI) – Empate com Brusque é normal; anormal é desperdício da chance de vencer a Chapecoense. Tenho citado reiteradamente que assistir à jogos da Série B do Campeonato Brasileiro é primordial para se acompanhar o termômetro da competição.
Quando o Brusque empatou com o Grêmio por 1 a 1, em Santa Catarina, citei aqui, sem pestanejar, que seria mais lógico o Guarani trazer três pontos de Chapecó, porque encontraria mais resistência quando tivesse que enfrentar o Brusque.
Pois comemoraram aquele empate sem gols contra a Chapecoense, ignorando que o Brusque poderia ser uma pedra no caminho. E foi.
Mesmo sem repetir a atuação diante do Grêmio, alcançando no máximo 60% daquilo que havia mostrado naquela partida, o Brusque arrancou empate por 1 a 1 diante do Guarani, na manhã/tarde deste domingo, em Campinas.
Surpreendeu, sim, o Brusque colocar em prática uma postura extremamente defensiva nos primeiros 18 minutos, o que foge de sua conotação tática.
Foi o período em que aceitou a imposição ofensiva do Guarani e correu risco em suas ocasiões de sofrer gols em lances de bola aérea.
Primeiro aos seis minutos, quando na cabeçada do zagueiro João Victor a bola chocou-se contra o travessão; depois, aos 12min, ocasião em que o zagueiro Derlan, de cabeça, obrigou o goleiro Jordan a praticar defesa.
BRUSQUE SAI DA TOCA
Quando o Brusque se conscientizou que também precisaria jogar, a partida ficou equilibrada no restante do primeiro tempo, inclusive o seu atacante Alex Sandro chutou a bola para fora, após limpar a jogada nas proximidades da área.
E com chegadas mais frequentes ao ataque, o Brusque chegou ao gol logo aos sete minutos do segundo tempo.
Foi quando o seu meia-atacante Álvaro teve incrível liberdade para ajeitar a bola, sem que o zagueiro bugrino Derlan se aproximasse para o combate.
Assim, a finalização de Álvaro foi certeira, no ângulo direito do goleiro Kozlinski: Brusque 1 a 0.
PÊNALTI
A reação imediata do treinador bugrino Mozart Santos foi proceder três alterações de uma só vez, para entradas de Marcinho, Yago e Lukão nos postos de Isaque, Júlio César e Nicolas Careca.
Como o lateral-direito Diogo Mateus foi chamado no intervalo para o lugar de Lucas Ramon, o Guarani ‘queimava’, ali, quatro das cinco alterações a que tem direito.
O Guarani chegou ao empate aos 11 minutos, devido à desatenção do lateral-direito Edílson, do Brusque, que disputou jogada com o braço aberto já dentro da área – mesmo que de costas -, cometendo, portanto, o toque que caracterizou o pênalti, convertido por Diogo Mateus.
E não é que Álvaro quase reprisou o lance convertido em gol do Brusque, quando, na mesma posição e liberdade proporcionada novamente por Derlan, exigiu defesa do goleiro Kozlinski, na finalização aos 15 minutos.
TROCAS DO GUARANI
Daí pra frente, o Guarani foi favorecido pelas trocas feitas por Mozart – exceto Marcinho que voltou a jogar mal.
No corredor do lado direito já fluíam jogadas de Diogo Mateus com Yago, e começaram a surgir oportunidades para os bugrinos.
Primeiro na bola alçada por Bruno José, mas, no cabeceio, Lucão a colocou para fora. Depois quando Lucão serviu Madison, que exigiu defesa do goleiro Jordan.
Por fim, na bobeada do zagueiro Fábio Alemão, que perdeu a bola para Lucão, mas em tempo de interceptar chute de Bruno José, cedendo escanteio.
Assim, como ficou no empate por 1 a 1, o desafio do Guarani, agora, será aprofundar a crise do Sport na próxima quinta-feira, em Recife.