Guarani deve se mirar no Fortaleza em caso de acesso

Cabe à cartolada bugrina se mirar no processo de solidificação do Fortaleza, que foi atingindo patamares até chegar no Brasileirão, para ficar. Confira !

O público aquém de dez mil torcedores ainda é incompatível às necessidades de quem integra o Brasileirão. É preciso mudar a situação.

Brasileiro Série B
Louzer soube organizar o Guarani (Foto: Raphael Silvestre/Guarani FC)

BLOG DO ARI

Campinas, SP, 6 (AFI) – Se é real a hipótese de acesso do Guarani nesta Série B do Campeonato Brasileiro, então que os dirigentes já comecem a trabalhar com a possibilidade de estruturação, para que a agremiação não incorra nas falhas de clubes médios transformados em ioiô: sobem e descem.

Embora a torcida bugrina tenha acordado e abraçado a equipe em jogos realizados no Estádio Brinco de Ouro, o público aquém de dez mil torcedores ainda é incompatível às necessidades de quem integra o Brasileirão.

Em caso de acesso, está claro que o elenco do Guarani terá que ser reformulado com contratações pontuais, de forma que possa realizar campanha sólida, e assim gradualmente se fixar na competição mais importante do futebol brasileiro.

Isso tem custo. Apenas o aumento substancial de valores das cotas de televisão e elevação de valores de publicidade podem ser insuficientes na montagem de elenco qualificado, de nível bem superior à Série B.

FORTALEZA

Cabe à cartolada bugrina se mirar no processo de solidificação do Fortaleza, que foi atingindo patamares até chegar no Brasileirão, para ficar. O clube cearense conta com apoio irrestrito de seus torcedores.

Evidente que quem chega a uma final de competição internacional, como é o caso do Fortaleza na Sul-Americana, ‘incendeia’ a sua torcida, mas 59.349 pagantes no Estádio Castelão, no recente jogo contra o Corinthians, foi surpreendente.

Considere que a população da capital cearense, conforme Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), foi de 2.428.678 habitantes em 2022, e não se tem informação de outras capitais de Estados brasileiros que, com essa média de habitantes, conte com torcedores motivadíssimos, como é o caso do Fortaleza.

Mesmo com gestão sólida, o Fortaleza implementou a SAF (Sociedade Anônima do Futebol), como garantia de não haver retrocesso. E na capital cearense a divisão de público no futebol abrange também mais dois clubes: Ceará e Ferroviário.

SEM LOTAÇÃO

Campinas, com população de 1.138.309 habitantes, já não lota os estádios Brinco de Ouro e Moisés Lucarelli.

No caso específico do Guarani, não se vê dirigentes do clube aproveitarem o espaço gratuito destinado pela mídia, para conclamar os seus torcedores, visando prestigiar a equipe nos jogos enquanto mandante.

Seria recomendável, também, que descompromissadamente procurem se mirar no estilo de gestão do Fortaleza para implementação aqui.


Lógico que o clube não conquistou nada, que humildemente deve continuar a caminhada rumo ao acesso, mas nada como buscar as devidas informações, pois se não forem usadas de imediato, se o clube não atingir o objetivo ora desejado, já será um passo dado para o futuro.

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