Guarani, com jogo na mão, correu risco de perder para Sport

Bugre poderia ter vencido com facilidade, mas poderia ter perdido se o juizão tivesse marcado um pênalti. Acompanhe a análise e sete capítulos.

A proposta do Sport foi jogar atrás da linha da bola, se ficasse exposto o risco de sofrer mais gols seria maior. E falta qualidade ao ataque do Leão

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Guarani perdeu chance de vitória

Campinas, SP, 16 (AFI) – Quem vai ao encontro de jogo de futebol marcado por ‘ene’ variantes, eis aí o empate sem gols entre Guarani e Sport, na noite fria deste sábado no Estádio Brinco de Ouro, com presença de apenas 2.731 pagantes, pela Série B do Brasileiro.

O primeiro capítulo poderia ser sido escrito pelo estreante atacante bugrino Bruno José, que de forma inacreditável perdeu dois gols ao ficar cara a cara com o goleiro Maílson, do Sport, um em cada tempo.

Primeiro, quando da falha do zagueiro-central Fábio Alemão, ele arrancou com a bola e a chutou para fora. Depois, praticamente a recuou para o goleiro.

Marcasse no primeiro lance, muito provavelmente o jogo seria liquidado.

Como a proposta do Sport foi jogar atrás da linha da bola, se ficasse exposto o risco de sofrer mais gols seria maior. E mais: falta qualidade ao ataque do time pernambucano.

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CHANCES BUGRINAS

Segundo capítulo: futebol aceitável praticado pelo Guarani no primeiro tempo, com transições rápidas ao ataque, e as tentativa de envolvimento ao adversário resultaram em chances criadas.

Além do primeiro gol perdido por Bruno José, registro para o lance em que Júlio César serviu Nícolas Careca e a bola, no cabeceio, atingiu o travessão.

Depois o chute forte de média distância do também estreante Leandro Vilela, que exigiu defesa difícil do goleiro Maílson.

DEFENSIVA DO GUARANI

Terceiro capítulo: se o Sport mostrava eficiência na marcação até o intervalo, ofensivamente não criava.

Vivia basicamente de costumeiras falhas defensivas bugrinas, a primeira quando o zagueiro Fábio Alemão não estava atento pra complementar cruzamento e a bola bateu em seu rosto e saiu.

Depois, quando o goleiro Kozlinski só não sofreu frangaço – ao deixar a bola escapar de suas mãos – porque o atento volante Rodrigo Andrade salvou quase em cima da linha fatal, diante de aproximação de adversário.

OUTRA TRAVE

Quarto capítulo: como buscar explicação para o Sport começar a controlar o jogo e Guarani desaparecer nos primeiros 15 minutos do segundo tempo?

Diriam apressados analistas que o time pernambucano avançou as suas linhas, mas a situação não é bem essa.

A pegada do volante Rodrigo Andrade, que vitalizava o setor, foi perdendo intensidade e facilitando a evolução do adversário.

Entrada do lateral-direito titular do Sport Ewerthon, no lugar do já amarelado Ezequiel, foi transformada em corredor de desafogo para o time pernambucano, sem o devido acompanhamento de Bruno José.

Aí, com mais posse de bola, o Sport também fez a trave bugrina tremer aos dez minutos, em finalização de Bil.
Fotos – Lucas Almeida – GFC

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Guarani tentou de tudo no Brinco

PÊNALTI

Em seguida, registro para lance com reclamação de pênalti de jogadores do Sport, quando o goleiro bugrino Kozlinski chegou a tocar em Parraguez, mas provavelmente o fato de o atleta ter forçado a dobra do joelho pode ter confundido a arbitragem.

Independentemente disso, o erro foi o VAR não interceder para se certificar da real intensidade do lance.

Quinto capítulo: depois dos 15 minutos e daqueles sustos, o Guarani equilibrou a partida.

Foi quando Bruno José perdeu o segundo lance de gol – já citado – e outra vez Vilela pegou bem na bola e exigiu outra defesa de Maílson.

Sexto capítulo: na segunda metade do segundo tempo, o treinador Daniel Paulista, do Guarani, começou a fazer aquelas substituições pré-estabelecidas, que não representam ganho à equipe.

Continuou arrumando jeito de encaixar Ronald, Yago e Índio nas trocas, e a consequência disso foi queda de rendimento da equipe.

Assim, o jogo foi se arrastando até o final, com script só modificado em chance de gol para Lukão, que chutou fraco e facilitou a defesa de Maílson

Sétimo capítulo: tal como aqui, treinador de lá também erra.

Por acaso alguém perguntou ao técnico Gilmar Dal Bozzo, do Sport, como pode deixar na reserva um meio-campista como o paraguaio Blas Caceres, eficiente no desarme e sentido de organização de equipe? Pois o atleta entrou apenas aos 35 minutos do segundo tempo e melhorou a dinâmica do time pernambucano.


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