Paulistão: Após Galiotte desprezar, Carille exalta o Estadual: 'Não pode acabar'
"Esqueçam o campeonato. O Palmeiras é muito maior do que o 'Paulistinha'", falou o presidente do Palmeiras
por Agência Estado
São Paulo, SP, 09 - Menos de 12 horas depois de o presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, desprezar a importância do Campeonato Paulista ao exibir revolta com a arbitragem de Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza no confronto de volta da final, o técnico do Corinthians, Fábio Carille, exaltou a importância do torneio nesta segunda-feira pela manhã, quando ainda comemorava o título obtido com vitória sobre o arquirrival.
Em entrevista ao canal ESPN Brasil, o treinador falou sobre o Estadual ao comentar a pergunta de um internauta, que questionou se o Paulistão era um problema em meio ao calendário desgastante do futebol brasileiro e sul-americano.
"Falando de calendário, atrapalha, mas, falando de emprego, de um Paulista que é tão forte e tem tantos times do Interior, não pode acabar", reforçou Carille.
ESBRAVEJOU
A fala vem pouco depois de Galiotte ter se revoltado, no último domingo, principalmente com a não marcação de um pênalti que chegou a ser apontado por Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza, que minutos depois voltou atrás em sua decisão ao ser alertado pelo quarto árbitro de que Ralf não cometeu a penalidade em Dudu em lance ocorrido no segundo tempo, quando o Corinthians vencia por 1 a 0. Nos vestiários do Allianz Parque, o dirigente afirmou que o Estadual foi "jogado no lixo" por causa da decisão do árbitro no clássico.
"Respeitamos o adversário, mas ninguém precisa passar por isso. Nem Palmeiras, nem Corinthians, nem outros clubes. O que digo ao torcedor palmeirense é: esqueçam o campeonato. O Palmeiras é muito maior do que o 'Paulistinha'. Não vamos ficar preocupados com uma situação absolutamente vergonhosa. O que esse senhor fez hoje (domingo) aqui foi uma vergonha. Depois de marcar a penalidade, ele teve uma reunião dentro de campo. Uma reunião! E aí o pênalti foi simplesmente anulado", afirmou o dirigente.
Galiotte se queixa da possibilidade de ter havido interferência externa na anulação do pênalti.
"Não foi usada a regra aqui hoje (domingo). Foi interferência externa. Eu estou dizendo que o quarto árbitro interferiu. Lá de trás ele olhou, depois de cinco minutos. Eu preciso contratar, pagar imposto, fazer um trabalho sério, planejar. Não sou eu que apito jogo", completou o presidente alviverde.
Em protesto contra a arbitragem e a Federação Paulista de Futebol, o Palmeiras não deverá mandar representantes para a festa de premiação ao melhores do torneio, que será realizada na noite desta segunda-feira.