Extravase, extravase mesmo pontepretano! Ponte é campeã!

A máxima de que 'tudo é mais sofrido para a Ponte Preta' ficou devidamente caracterizada na tarde deste Sábado de Aleluia, no Majestoso lotado.

Se o pontepretano não provar do sofrimento, coração dolorido, medo e ansiedade, não é Ponte Preta. Sábado de Aleluia!

Ponte Preta - campeã - Paulista A2

Campinas, SP, 8 (AFI) – A máxima de que ‘tudo é mais sofrido para a Ponte Preta ficou devidamente caracterizada na tarde deste Sábado de Aleluia, em Campinas. Para ganhar um título, como este do Paulista da Série A2, na segunda partida da final contra o Novorizontino, ela provocou aflição em seu torcedor, correu risco de sofrer gol em jogada que o seu lateral Weverton salvou quase na risca fatal, mas por fim foi aquele jeito explosivo de comemorar do pontepretano.

E aquele zero a zero no tempo normal de jogo da tarde deste sábado, para espremidos 17.094 torcedores no Estádio Moisés Lucarelli – entre pagantes e não pagantes -, somado ao empate por 1 a 1 de quarta-feira em Novo Horizonte, arrastou a definição do título para as cobranças de pênaltis.

Foi aí que brilhou a estrela do goleiro Caíque França, ao praticar três defesas, enquanto a boleirada da Ponte Preta converteu três gols. Logo, vitória nos pênaltis por 3 a 2. Se o pontepretano não provar do sofrimento, coração dolorido, medo e ansiedade, não é Ponte Preta.

Paulista A2 - Majestoso
Muita festa nos vestiários da Ponte Preta. Foto: Diego Almeida

POSTAGEM POSTERIOR

Quando se rendem homenagens àqueles, na Ponte Preta, que colhem os frutos de uma semente bem plantada, nesta memorável conquista de título do Paulista da Série A2, o bom senso indica que outros tantos abnegados – mesmo sem atingir o objetivo – sejam lembrados pelas folhas de serviços prestados ao clube, a maioria in memória.

Logo, na postagem à frente, a coluna faz questão de citá-los nominalmente, de certo com eventual esquecimento de um ou outro, mas estejam todos sempre vivos na memória do pontepretano.

DRAMA, MAIS UMA VEZ

Agora foi no mesmo Estádio Moisés Lucarelli de 54 anos e um mês atrás, mas com as bênçãos sagradas, o pontepretano pôde explodir de alegria nesta conquista de título.

Se naquele sete de março de 1965 o atacante Samarone, da Portuguesa Santista, foi a pedra no sapato do pontepretano, naquela doída derrota por 1 a 0 e perda de título da competição, agora, a melhor campanha geral da Ponte Preta foi premiada num crepúsculo de competição desenhado para a eternidade.

Afinal, a tarde deste sábado marcou o primeiro título conquistado pelo clube logo após o apito final de um(a) árbitro(a), pois aquele, de 1969, quis o destino que fosse legitimado apenas dois meses depois da trajetória no gramado, devido às implicações na Justiça Desportiva.

JOGADORES ABAIXO

Se na formação de elenco o time pontepretano pode ser considerado levemente superior ao Novorizontino, para que isso fosse confirmado na prática se fazia necessário que seus jogadores diferenciados rendessem o esperado.

Com os meias Élvis e Matheus Jesus atuando bem abaixo de suas reais possibilidades, sem o suspenso Pablo Dyego e com o substituto Gui Pira só correndo e pouco produzindo, na prática isso implicou em jogo nivelado, com empate bem ajustado em relação àquilo que produziram.

GOLEIROS

Se os primeiros 15 minutos foram tensos, até que os atletas conseguissem dominar o natural nervosismo, erros de passes, jogadas truncadas e bola alongada, principalmente através do Novorizontino, eram a tônica do jogo.

Depois, apesar do aparente controle da Ponte Preta, chance real, durante o primeiro tempo, apenas uma para cada lado. Para a Ponte, quando o volante Amaral construiu jogada, serviu o atacante Gui Pira que, em vez de finalizar, foi passar a bola e presenteou o adversário, aos 35 minutos.

Até em lance confuso, como esse, o Novorizontino se igualou à Ponte Preta, antes do intervalo.

Dois minutos depois, o centroavante Ronaldo deixou a bola escapar de seu controle, já dentro da área, e perdeu a jogada.

MATHEUS JESUS

Com dois minutos do segundo tempo, por duas vezes Matheus Jesus poderia ter aberto o placar à Ponte Preta, mas desperdiçou com chutes para fora. Primeiro quando seu parceiro Jeh pressionou o zagueiro César Martins, Jesus ficou com a bola e não aproveitou.

Depois, bastava Jesus, ao ser lançado, dar uma cavadinha, quando ficou frente a frente com o goleiro Georgemy, mas se atrapalhou ao finalizar com o pé direito. Logo em seguida, o acaso impediu que o bordão ‘quem não faz toma’ se concretizasse.

Atacante Aylon, do Novorizontino, colocou o meia Rômulo de frente para o gol, mas na tentativa de apenas tirar a bola do goleiro Caíque França, a finalização passou à direita da meta, aos oito minutos.

IMPEDIMENTO

Acertou em cheio o conjunto da arbitragem ao invalidar gol da Ponte Preta, aos 25 minutos, quando o lateral-direito Weverton foi lançado em posição de impedimento, e na finalização a bola desviou no zagueiro César Martins antes de entrar.

Como o jogo ficou lá e cá, a viola parecia em cacos ao pontepretano quando Ronaldo, do Novorizontino, só ajeitou para a finalização de Reverson, aos 28 minutos.

O goleiro pontepretano Caíque França estava batido no lance, mas Weverton, quase em cima da risca fatal, salvou o suposto desastre de sua equipe. 

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