Série B: Ex-jogadores do Sport ganham ações de quase R$ 9 milhões na Justiça

Atacantes Neílton e Tréllez, que tiveram passagens apagadas há três anos, saem vitoriosos sobre clube por atrasos em pagamentos

Sport vive momento positivo durante atual temporada, mas pendências com atletas de 2021 geram dor de cabeça a departamento jurídico

Tréllez cobrança Sport
Atacante fez apenas um gol pelo Leão, no entanto tem débitos a receber por parte do clube (Foto: Anderson Stevens - SCR)

Recife, PE, 22 (AFI) – O Sport, mesmo com o momento positivo dentro de campo, tem duas broncas para solucionar fora das quatro linhas. Da última quinta-feira (18) até esta segunda-feira, o clube recebeu condenações envolvendo dois ex-jogadores, totalizando cerca de R$ 9 milhões, sendo ambas em primeira instância.

PEDIDA ALTA

A mais recente destas é do atacante Tréllez, que defendeu o Leão em 2021 e teve passagem apagada. O valor, firmado em R$ 3.018.472,69, se deve ao não pagamento de salários por parte do Sport, verbas rescisórias, FGTS, dentre outros atributos trabalhistas, porém sendo inserido nos termos de Recuperação Judicial.

Conforme sentença assinada pelo juiz Sérgio Paulo de Andrade Lima, do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região, o colombiano — emprestado pelo São Paulo — deveria receber metade do salário de R$ 280 mil. Os rubro-negros, no entanto, não pagaram nenhuma parcela de março a novembro, período em que o centroavante atuou pelas cores leoninas; foram 39 jogos, com um gol e uma assistência.

Sport dívida Neílton
Rubro-negro possui pendência de quase R$ 6 milhões com cria do Santos (Foto: Anderson Stevens – SCR)

MAIS PROBLEMA

Quem também ganhou ação movida contra o Sport foi o ponta Neílton. Contratado no ano supracitado, o velocista reclama de pendências semelhantes, além de uma possível negligência no tratamento médico de uma lesão no tornozelo, com as partes divergindo quanto ao procedimento a ser realizado na ocasião; em 19 partidas, fez dois tentos e deu um passe para outro.

No total, apesar de ter direito a recorrer, o Sport deverá saldar R$ 5,8 milhões ao atleta, considerando ainda as custas processuais. Juíza do caso, Maria Carla Dourado de Brito Jurema explicou a pena: “Diante da conduta negligente da ré (do Sport) que deixou de oferecer ambiente de trabalho seguro e saudável ao demandante, tal como amplamente demonstrado nos autos”, disse no despacho.

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