ESPECIAL SÉRIE B: Título inesperado, artilharia surpresa e lamentáveis casos de racismo

Além do Botafogo, Goiás - vice-campeão, Coritiba e Avaí também garantiram o acesso

Campeão em 2015, o Botafogo voltou a dar a volta olímpica, agora, com 70 pontos

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Botafogo foi o campeão da Série B. (Foto: Vitor Silva / BFR)

Campinas, SP, 24 (AFI) – Antes do início da Série B do Campeonato Brasileiro praticamente ninguém apostaria no título do Botafogo. Nem mesmo os torcedores alvinegros estavam confiantes. Pelo contrário. Dos chamados grandes, o Fogão era um dos mais desacreditados. Contra tudo e contra todos, a Estrela Solitária brilhou e, não só conquistou o acesso à Série A, como garantiu o título da Série B.

Campeão em 2015, o Botafogo voltou a dar a volta olímpica, agora, com 70 pontos. O time do técnico Enderson Moreira festejou com 20 vitórias, dez empates e oito derrotas, além de 56 gols anotados e 31 tomados. Aproveitamento de 61,4%. O Botafogo teve o melhor ataque e a melhor defesa da Série B.

Além do Botafogo, Goiás – vice-campeão, Coritiba e Avaí também garantiram o acesso. Dos quatro clubes rebaixados na Série A em 2020, apenas um não fez o bate e volta. O Vasco ficou a ver navios. Coube ao Avaí pegar a vaga dos cariocas. O Vasco, aliás, nem chegou perto. O Gigante da Colina foi o décimo colocado com 49 pontos, a 15 do G4.

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Enderson Moreira foi um dos destaques do Fogão. (Foto: Vitor Silva / BFR)

REBAIXAMENTO!
A última rodada tinha quatro clubes na briga pela última vaga do acesso. O Avaí (64) levou vantagem sobre CSA (62), Guarani (60) e CRB (60). Outro chamado grande que decepcionou foi o Cruzeiro. Pior! Lutou contra o rebaixamento. Os comandados de Vanderlei Luxemburgo vão para o terceiro ano seguido de Série B. O Cruzeiro terminou na modesta 14ª posição com 48 pontos, a cinco da degola.

O primeiro time a cair foi o Brasil-RS, na lanterna com apenas 23 pontos. O Confiança também não conseguiu se segurar. Na 38ª rodada, três clubes estiveram envolvidos contra as duas vagas restantes. O Remo só dependia das suas forças, mas ainda assim foi rebaixado um ano após o acesso. O feito histórico ficou com o Londrina, que se salvou com 44 pontos, um a mais do que os paraenses.

RACISMO!
A Série B também ficou marcada pelos casos de racismo. O meia Celsinho sofreu injúria racial em três oportunidades, duas de parte da imprensa de Goiás e do Pará, e uma de dirigente do Brusque. Nesse caso, o clube catarinense chegou a perder três pontos no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), mas na reta final, o Pleno do STJD devolveu a pontuação e só multou o Brusque. O clube catarinense escapou da degola e terminou em 13º lugar com 48 pontos.

ARTILHARIA!
A artilharia foi disputada gol a gol até o final da Série B. O artilheiro máximo foi Edu, atacante do Brusque, e responsável por 38% dos 44 gols dos catarinenses. Edu fez um gol a mais do que Léo Gamalho, do Coritiba. Fechando o Top 3 está Rafael Navarro, do Botafogo, e dono de 15 gols.

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