Diniz não é técnico para a Seleção e vaga na Copa ameaçada

Digo isso com a maior sinceridade e com motivos suficientes para fazer esta afirmativa sem nenhum desejo de apelar para o sensacionalismo barato

Fernando Diniz quis inventar um esquema de disputa que até agora não provou ser válido para grandes clubes ou seleção brasileira

Eliminatórias Sul-Americanas
Diniz precisaria de muito tempo para por em prática suas ideias na Seleção

Por SÉRGIO CARVALHO

Campinas, SP, 19 (AFI) – A Seleção Brasileira pode, pela primeira vez na história, ficar fora de uma Copa do Mundo. Digo isso com a maior sinceridade e com motivos suficientes para fazer esta afirmativa sem nenhum desejo de apelar para o sensacionalismo barato. O primeiro argumento para fazer esta afirmativa, é que o atual treinador da seleção até hoje, só  dirigiu clubes de futebol e nunca uma seleção.

Foi técnico de alguns dos maiores clubes do futebol brasileiro e não ganhou nada. Só no Fluminense, depois de mais de ano de trabalho, ele conseguiu levantar a taça Libertadores da América, e, assim mesmo, com certa dificuldade. Diniz quis inventar um esquema de disputa que até agora não provou ser válido para grandes clubes ou seleção. As duas vitórias nas Eliminatórias, foram exceções, só para confirmar a regra.

Diniz não é e provavelmente nunca será, um treinador vencedor em seleção. Eu duvido que ele prove que é,  e consiga chegar a uma Copa e ser campeão. Diniz não tem gabarito para isso. Para fazer o que ele quer em campo, seus jogadores precisam treinar muitos e muitos meses, até que os alguns bons resultados apareçam. Só que, numa seleção, que tem três ou quatro dias para treinar, fica muito difícil dar padrão de jogo ao time e fazer seus jogadores entenderem qual a função de cada um em campo.

Isso ficou claro nos últimos jogos que o Brasil disputou nas Eliminatórias de 2023. E o pior é que não há saída. Ficou decidido que Diniz ficará no mínimo até março do ano que vem no cargo. Ou seja, ele só vai sair quando “a vaca já terá ido para o brejo”.

Diniz foi uma criação da crônica esportiva carioca, que resolveu apoiá-lo sem nenhuma base técnica e o resultado foi o que se viu. Temos uma seleção primária, que marca mal, não cria quase nada e chuta pouco e sem precisão contra o gol dos adversários. Jogando assim, ela não vai chegar a lugar nenhum. Podem ter certeza.

NÚMEROS NEGATIVOS

Como exemplo do que é a seleção de Diniz neste momento, podemos primeiro nos servir dos números que aí estão. O Brasil nunca perdeu jogos eliminatórios. Mas neste ano já perdeu dois. O Brasil sempre liderou com facilidade as Eliminatórias.
Hoje está em quinto lugar, com 7 pontos ganhos em cinco jogos. Praticamente só um ponto por jogo. Seu ataque marcou seis gols e sua defesa sofreu 2. Tem 46 por cento de aproveitamento (nem metade do que deveria ter conquistado).

No time que entrou em campo contra a Colômbia, Alisson, foi um goleiro bastante seguro. Não teve culpa nos gols. Na linha de zaga, Emerson Real, na direita, e Renan Lodi, na esquerda, foram desastrosos. No meio Marquinhos ainda se salvou, mas está provado que já não é uma boa opção para o setor. Gabriel Magalhães é uma invenção de Diniz e já deveria ter saído do time.

André era uma esperança, já que Casemiro está superado. Mas também negou fogo contra a Colômbia. Pior ainda foi Bruno Guimarães, apenas um número em campo. Raphinha nem deveria ter sido convocado. Erra gol demais. É fraco. Rodrygo é o melhor atacante brasileiro, mas foi sacado do  time erradamente pelo treinador da seleção no segundo tempo da partida.

Paulinho entrou em seu lugar e nada fez. Vini Junior fez algumas boas jogadas no primeiro tempo e só. Saiu contundido para a entrada de João Pedro, uma nulidade. Martinelli fez o gol e teve bons momentos. Merece continuar. 

TIME MAL ESCALADO

Como observamos acima, o time do Brasil foi mal escalado e tem muitos jogadores que nem mereciam estar ali. Como o elenco está fechado para essa fase das Eliminatórias, Diniz não terá muitas opções para escalar um time melhor. Além disso, Vini Junior está machucado e não se sabe se vai ou não jogar.

A solução, segundo alguns, será a entrada de Gabriel Jesus, que vem de contusão. Ora, se ele não estava tecnicamente bem e em boa forma física, o que esperar dele depois de uma contusão e sem treinamento especializado? Como percebem, tenho argumentos para afirmar que Diniz não é técnico para a Seleção Brasileira.

Convoca mal e aproveita pior aqueles que convoca. Dizer que o futebol brasileiro está em baixa e que não existem mais grandes jogadores para convocar, não é verdade. Tem sim. Se Diniz optasse, por exemplo, só por jogadores que atuam no Brasil, poderia montar um grande  time com eles. Tem muita gente boa no Botafogo, Palmeiras, Grêmio, Flamengo, Atlético MG e Red Bull, Basta convocá-los.

DÚVIDA SOBRE OS NOMES
Ou Diniz faz questão de ter uma maioria de atletas que atuam fora, só para fazer charme e deixar a impressão de que é um técnico que acompanha de perto o futebol mundial e não apenas aquele que é jogado no Brasil em suas várias divisões? Gostaria de uma resposta clara e verdadeira do atual técnico da seleção.

Mas como ele é metido a estrela, certamente jamais responderia uma pergunta como esta, e ainda era capaz de ser malcriado com o repórter que a fizesse. Ou não é assim???

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