Série B: Lisca diz que foi ‘demitido pela torcida’ e que ainda é o técnico do Sport

Técnico disse que não recebeu contato com o Santos, mas não garantiu ficar no Sport. Polêmica deixou a torcida enfurecida na Ilha do Retiro.

A sua entrevista coletiva começou 40 minutos após o jogo, algo anormal

Lisca presidente do Sport
Lisca é definido como erro de gestão no Sport (Foto: Divulgação)

Recife, RS, 18 (AFI) – Mais uma vez o técnico Lisca, conhecido como Lisca Doido, ficou no centro de uma grande polêmica. Durante o jogo em que o Sport empatou com o Vila Nova-GO sem gols, nesta segunda-feira à noite, na Ilha do Retiro, o técnico foi hostilizado e, segundo ele mesmo, até ‘agredido’ pela torcida. O motivo é seu suposto acerto com o Santos, divulgado por parte da imprensa antes do  jogo e que repercutiu no intervalo.

A sua entrevista coletiva começou 40 minutos após o jogo, algo anormal. Nela, o técnico negou o acordo, disse que não recebeu proposta do Santos, mas admitiu que vai analisar se alguma chegar em suas mãos. Para muitos, faltou transparência apesar da clássica frase:

“Eu sou treinador do Sport”.

Lisca tentou ser afirmativo depois de entrar na sala de imprensa com um semblante bem fechado e diferente do que mostra todo dia, sorrindo e brincando. Mas, em seguida, ele comentou algo que poucos notaram na revolta da torcida, uma possível agressão.

“Eu fui agredido. Me jogaram aquele líquido misturado (urina) e também algo bateu em mim, acho que um telefone”.

Ele disse isso momentos antes de tentar explicar que entendia as razões da revolta dos torcedores.

“Eu respeito muito a torcida do Sport, que participa muito e hoje tivemos casa cheia. Mas ela tem razão (em relação à sua saída) e eu também ficaria puto”.

Depois ele resumiu o episódio assim:

“Hoje fui demitido pela torcida”.

Mas indagado sobre seu possível acerto ou mesmo as negociações com o time paulista, ele negou tudo, mesmo não sendo convincente e, às vezes, confuso.

“Eu não conversei com ninguém do Santos, mas já recebi três propostas e continuo aqui. Quando aparece uma proposta, o profissional deve saber dela” – completou.

Por fim, finalizou deixando todos com a pulga atrás da orelha.

“Se eu chegar em casa e tiver uma proposta, eu vou avaliar” – encerrou, deixando no ar a sua possível saída, ainda mais agora com o clima pesado pelos lados da Ilha do Retiro.

Até agora ele comandou o time por quatro jogos, com dois empates, uma derrota e uma vitória. Poucos acreditam que ele vai estar no banco para o confronto com o Sampaio Corrêa, sexta-feira, em São Luis (MA). A diretoria e, até os jogadores, garantiram desconhecer o fato que gerou tanta revolta e indignação em Recife.

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