Se bugrinos não tivessem superestimado o Goiás, a situação seria outra

Valorizaram muito o Goiás, mas na prática foi cometido um grande equívoco

Colocaram um time remendado, descartando totalmente o jogo em Goiânia

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Goiás aproveitou chances

Reflexão que fica, após esta derrota do Guarani para o Goiás por 2 a 1, é por que Diogo Matheus, Bidu e Bruno Sávio não se contiveram para evitar o terceiro cartão amarelo contra o Avaí?

Não projetaram que em o Guarani colocando um time remendado diante do Goiás estaria praticamente descartando o jogo da noite desta sexta-feira, em Goiânia?

Ora, considerando o desligamento de Davó, sem que tivesse substituto até mais ou menos; considerando-se ausências por lesões dos meio-campistas Rodrigo Andrade e Régis, e o atacante Júlio César incorporado à delegação apenas agora – e como opção de banco -, era pro Guarani descartar esse jogo contra o Goiás, projetando-se estar mais encorpado diante do Botafogo, na próxima terça-feira, em Campinas?

A prática indicou que não.

EQUÍVOCO

Se valorizaram demasiadamente a equipe do Goiás, projetando que em qualquer circunstâncias seria jogo difícil para conquistar vitória, foi equívoco.

Afora as sabidas infiltrações do lateral-direito Apodi e a indiscutível condição técnica do atacante Alef Manga, quem neste time do Goiás está acima da média?

Um time apenas competitivo até a primeira metade da segunda fase, enquanto tinha pernas, e nada mais.

Logo, numa projeção de o Guarani com poucas mexidas entre os titulares, claro que a história poderia ter sido contada de forma diferente.

ANDRIGO

Se o meia Andrigo continua não organizando absolutamente nada, é natural que a bola não vai chegar de forma qualificada ao ataque para Allan Victor, só não absorvido por completo porque num raro lance exigiu defesa importante do goleiro Tadeu, do Goiás.

O que esperar do outro atacante de beirada Maxwel, além do esforço para recomposição?

Sem organização, a bola saía alongada da defesa do Guarani ao ataque, o que facilitava interceptação dos jogadores do Goiás.

Não bastasse isso, a marcação alta do time da casa induziu o Guarani ao erro.

Assim, com mais posse de bola do Goiás, aos 14 minutos do primeiro tempo Apodi cruzou, lateral-direito Pablo do Guarani não acompanhou Alef Manga, que finalizou para as redes.

DOMÍNIO DO GUARANI

Em desvantagem, era natural que o Guarani fosse adiantar as linhas, mas só começou a rondar a área do Goiás por dois aspectos, a partir dos 20 minutos do segundo tempo: desgaste físico do mandante, e porque já estava em campo o seu atacante de beirada Júlio César, que levava vantagem sobre Diego, lateral que havia substituído Apodi no time goiano.

E quando a bola bugrina era alçada à área adversária, de nada adiantava o centroavante Lucão ganhar pelo alto, se a testada não tinha direção.

E quando o cruzamento foi feito à meia altura, de Júlio César para Matheus Souza, o goleiro Tadeu praticou defesa no reflexo, aos 37 minutos.

ELIEL

Paradoxalmente, quando a expectativa era de o Guarani chegar ao empate, eis que, um minuto depois, em descuido de marcação pelo lado esquerdo defensivo, foi permitido que Alef Manga fizesse jogada, batesse cruzado, em bola plenamente defensável, mas novamente falhou o goleiro Gabriel Mesquita ao espalmá-la à sua frente, para que o atacante Nícolas, do Goiás, completasse para o gol: 2 a 0.

Incrivelmente o lateral-esquerdo Eliel, do Guarani, voltou a falhar três minutos depois e novamente Manga deu de ‘bandeja’ para que Nicolas completasse, mas chute foi pra fora.

JÚLIO CÉSAR

A persistência do bugrino Júlio César no ataque foi coroada com gol de cabeça, aos 47 minutos, após cruzamento do lateral-direito Pablo.

Por fim, reprovável a atitude provocativa do zagueiro bugrino Thales contra a arbitragem, que resultou em expulsão aos 48 minutos.

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