Campinas, SP, 14 (AFI) – Tempos atrás eu fiz um comentário nesse espaço onde dizia que Rogério Ceni não me agradava como treinador do São Paulo e que, para não ser injusto com ele, eu o manteria no cargo até o final do Paulistão deste ano e, só depois, decidiria se ele seria ou não mantido no cargo. Pois bem, o momento chegou porque para o São Paulo o Campeonato Paulista já terminou.

Seu time foi desclassificado pelo humilde Água Santa, de Diadema, ao perder na cobrança de pênaltis por 7 a 6 a vaga para as semifinais do Estadual. Sendo assim, Rogério não tem mais nada a fazer na direção técnica do time de futebol do clube do Morumbi.

BILHETE AZUL
Fosse diretor do clube e hoje mesmo daria o bilhete azul a ele. Porque ficou provado neste período em que ele trabalhou pelo São Paulo, que falta-lhe competência para continuar no cargo. Ele mostrou que é confuso, muda de ideia a toda hora, queima jogadores que ele mesmo indicou e jamais dá padrão tático a equipe.

Quando entra em campo, seu time parece um bando de desconhecidos que não defendem a mesma camisa. Cada um faz o que quer, até com muita raça, mas sem nenhum comprometimento tático ou técnico com a equipe que estão defendendo.

Quando chegou no ano passado, Rogério criticou a diretoria e o elenco de profissionais do clube e exigiu vários reforços para fazer seu trabalho. Mesmo sem dinheiro, o presidente Julio Casares saiu à campo, contratou doze reforços e os colocou à serviço de Rogério. O técnico não agradeceu e ainda esnobou vários dos contratados, pois jamais os testou prá valer na equipe titular.

NÃO GANHOU NADA
O final do ano chegou, ele não ganhou nada e se defendeu dizendo que continuava precisando de bons jogadores para fazer do São Paulo um time vencedor. O ano de 2023 começou, Casares voltou a trabalhar rápido, negociou todos os jogadores que não serviam e contratou mais dez para realizar o desejo de Rogério.

O treinador não agradeceu e ainda demorou para aproveitar os novos contratados, e, em alguns casos, quase queimou alguns deles que tinham real qualidade técnica para serem titulares. Exemplo disso foi Galoppo, jovem atacante argentino, que tem excelente nível técnico e é um artilheiro nato. Mesmo assim foi preciso que Galoppo, nas poucas chances que teve fizesse vários gols até  ganhar a simpatia da torcida tricolor, para então Rogério oficializá-lo como titular. 

MANTEVE APADRINHADOS
Ainda assim, o treinador insistiu em manter alguns de seus apadrinhados no time e, a custa de muito suor, conseguiu a classificação para as quartas de final do Paulistão. Mesmo assim, continuou com seus apadrinhamentos.

Escalou David, que ele indicou como centroavante titular, e no decorrer do jogo ainda colocou o limitado Alisson para jogar no ataque. Os dois tiveram atuações medíocres (até porque não tinham qualidade para produzir mais) e o São Paulo ao invés de melhorar sua qualidade em campo, caiu totalmente de produção.

O tempo normal terminou em 0 a 0 e a decisão foi para os pênaltis. Também neste momento Rogério errou feio. Escolheu os limitados Allisson e Mendez para participar das cobranças de pênaltis.  Ambos erraram suas cobranças e o São Paulo foi desclassificado da competição. Uma vergonha, um completo vexame.

Diante desta triste realidade, o que a diretoria do clube deveria fazer? Simplesmente chamar Rogério Ceni nesta terça-feira e afastá-lo do cargo que ocupa. O problema é que Júlio Casares não tem coragem de fazer isso e Rogério vai continuar no comando técnico do time e colecionar novos fracassos até chegar ao final do ano sem ganhar um título sequer.

E Casares ainda quer ser reeleito para ficar mais três anos no cargo. Dá prá acreditar???

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