Que coisa hein dona Ponte Preta!
Quem acreditou que ‘presidente de honra’ iria injetar dinheiro & dinheiro no clube teria um desfecho normalíssimo? Um dia a conta chegaria e agora chegou.
O grande erro do Conselho Deliberativo do clube foi a admissão do crescimento da dívida de forma desproporcional. Não era uma doação
Campinas, SP, 6 (AFI) – Você acreditou que a história de Sérgio Carnielli, ‘presidente de honra’ da Ponte Preta, injetar dinheiro & dinheiro no clube teria um desfecho normalíssimo?
Um dia a conta iria chegar e agora chegou.
O grande erro do Conselho Deliberativo do clube foi a admissão do crescimento da dívida de forma desproporcional.
Emergencialmente, é natural que fosse bem-vindo um aporte financeiro aqui e acolá de Carnielli.
Inadmissível foi a dependência financeira por anos, tudo dentro de um comodismo como se fosse doação, quando de fato não era.
Se Carnielli abasteceu os cofres do clube para garantir o equilíbrio financeiro, é natural que tenha todo direito de reaver aquilo que seguramente lhe pertence.
Todavia, não era para essa história tomar esse encaminhamento de cobrança judicial a partir de novembro passado, com a possibilidade de penhora do estádio Moisés Lucarelli, justamente neste momento difícil atravessado pelo clube, que vai enfrentar o deficitário Campeonato Paulista da Série A2.
ALICERCES
Essa ‘bomba’ balançou literalmente os alicerces da Ponte Preta, e desmancha aquele conceito inicial que Carnielli pacientemente aguardaria período de afirmação do clube para a devolução daquilo que de fato lhe pertence.
Enquanto o grupo de Carnielli esteve no comando da diretoria, o ressarcimento do dinheiro investido sempre ficou num segundo plano.
Confrontado e derrotado nas últimas eleições, o então mandatário cobra judicialmente a devolução de valor em torno de R$ 110 milhões, segundo revela o portal Futebol Interior.
Sem que o clube disponha desta receita, a garantia de pagamento passaria a ser o Estádio Moisés Lucarelli, em penhora.
PONTEPRETANOS INFLUENTES
No estágio em que as coisas atingiram, no âmbito judicial, claro está a dificuldade de situação ser contornada consensualmente.
Apesar disso, é hora de pontepretanos influentes, com trânsito nas duas alas do clube, buscarem solução conciliatória, de forma que a Ponte Preta não perca o seu maior patrimônio, que é o campo onde manda os seus jogos.