Ponte Preta e Ituano jogaram futebol de quem faz jus à queda

Logo, nesta linha de raciocínio, se não melhorarem substancialmente, Ponte Preta e Ituano merecem, sim, rebaixamento à Série C do Brasileiro.

Inegavelmente ambos praticam hoje um futebol que só supera ao do ABC, portanto inferior ao Tombense, Chapecoense e Londrina

Brasileirão - Série B
Ponte Preta só ganhou duas fora de casa na Série B. Foto: Miguel Schincariol - IFC


BLOG DO ARI


Campinas, SP, 23 (AFI) – Noite de segunda-feira, Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, e complemento da 33ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. Pra ser sincero, pelo futebol horroroso que Ponte Preta e Ituano praticaram ao longo da partida, ninguém mereceu vencer neste empate sem gols.

Ou melhor: pelo que se viu, inegavelmente ambos praticam hoje um futebol que só supera ao do ABC, portanto inferior ao Tombense, Chapecoense e Londrina, clubes que estão na zona de rebaixamento.

Logo, nesta linha de raciocínio, se não melhorarem substancialmente, Ponte Preta e Ituano merecem, sim, rebaixamento à Série C do Brasileiro.

O futebol da Ponte Preta de hoje consegue ser pior do que aquele da era do treinador Felipe Moreira.

É um time só de correria, totalmente desorganizado e comete o erro primário de estar dando chutões à frente visando o atacante Eliel, para que ora ajeite a bola para companheiros, ora tente complemento das jogadas.

Sem Élvis, suspenso, meio-campista organizador de jogadas, nem pensar.

Se o futebol do estreante Gabriel Santiago for este, visto diante do Ituano, pode esquecer.

Não bastasse a falta de organização da equipe, até alguns jogadores que já haviam mostrado algumas virtudes, como Paulo Baya, Eliel e Léo Naldi, têm errado em quase todas as jogadas.

TRÊS CHANCES

Se duas equipes horrorosas estiveram em campo, logo não há de se esperar que criem chances de gols.

Aquelas da Ponte se resumiram a duas.

Primeiro, na única jogada lúcida do lateral-direito Weverton na partida, no passe para a finalização do centroavante Eliel, a bola foi chutada em cima do goleiro Jefferson Paulino, com desperdício de lance de gol.

Depois, em cobrança de falta e cabeçada do zagueiro Fábio Sanches, outra defesa de Paulino.

E só.

O Ituano até poderia ter conquistado a vitória não fosse o erro de conclusão de Hélio Borges, que chutou a bola nos pés do goleiro Caíque França, obrigado a praticar apenas esta defesa ao longo da partida, aos 47 minutos do segundo tempo.

REZAR

Restou ao pontepretano rezar para que o pior seja evitado.

Se o time depender apenas da correria e continua com esse futebol melancólico, entregue a sorte aos deuses dos estádios.

Ao longo do jogo saiu tudo de errado para Ponte Preta e Ituano.

Ambos se excederam em erros de passes. Quando alguém tentava carregar a bola, logo perdia. E se conseguisse uma passada a mais, a jogada era picotada com falta.

E quem não consegue criar jogadas, desfaz-se da bola através de abusados e improdutivos chuveirinhos.

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Ponte Preta e Ituano: nada de futebol. Fotos: Miguel Schincariol – IFC

BRIGATTI

Se a Ponte depender do futebol na base do ‘vamos lá moçada’, de seu treinador João Brigatti, só o acaso pode implicar em salvação de rebaixamento.

O que o time tem a ganhar com a escalação do lateral-direito Weverton, que ora recua a bola, ora não consegue acertar passes e cruzamentos, exceto um, quando a bola chegou no atacante Eliel?

Brigatti não teria outra opção para a lateral-direita, ao recorrer ao jogador Weverton?

Como não vai chegar outro comandante pra tentar o mínimo de organização ao time, resta a você, pontepretano, torcer e rezar.

No lado do Ituano, nas vezes que a bola chegava no lado esquerdo do ataque, Felipe Saraiva ‘ciscava’ de um lado para o outro sem dar progressão às jogadas.

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