Incrédulos, saibam o que faltou para a Ponte Preta trazer vitória de Chapecó

Apesar de todas limitações técnicas da Ponte Preta, era jogo sim para trazer a vitória de Chapecó na tarde/noite deste sábado pela Série B do Brasileiro.

Arthur, aos 51 minutos do segundo tempo, permitiu que Rodrigo Freitas empatasse para a equipe catarinense: 1 a 1. A vitória estava perto.

Série B - Chapecoense 0 x 0 Ponte Preta
Chapecoense empatou no final. Foto: Tiago Meneghini

Caminas, SP, 29 (AFI) – Apesar de todas limitações técnicas da Ponte Preta, era jogo sim para trazer a vitória de Chapecó na tarde/noite deste sábado, mas um vacilo do lateral-esquerdo Arthur, aos 51 minutos do segundo tempo, permitiu que Rodrigo Freitas empatasse para a equipe catarinense: 1 a 1.

Se o presidente pontepretano Marco Eberlin ainda tinha dúvidas sobre a permanência do interino Felipe Moreira no comando técnico – se é que de fato ele seja da ‘bola’ -, que tome a providência imediata de trazer um sucessor de Hélio dos Anjos, pois claro está que Moreira não está pronto para uma empreitada como a Série B do Brasileiro.

Por que? Que o meia Élvis estava andando em campo ainda no primeiro tempo, era fato. Por que esperar 17 minutos do segundo tempo para sacá-lo? No mesmo momento, quando o extenuante atacante Pablo Dyego deixava o gramado, qual a justificativa para colocar em campo o atacante Dudu, que sequer vinha sendo aproveitado há um bom tempo?

CRISTIANO

Pior de tudo é que Moreira ou não assistiu a partida da Chapecoense na goleada sobre o Londrina por 3 a 0, ou assistiu e não enxergou o óbvio: que lateral-esquerdo Cristiano, do time catarinense, tem claras deficiências na marcação, e aquele setor sequer foi explorado, quando o indicado seria Pablo Dyego ter sido fixado por ali, para construção de jogadas, e não Matheus Jesus, que não é jogador rápido.

CHAPE É LIMITADA

Quando cravei aqui com absoluta convicção que não seria surpresa a Ponte Preta trazer ponto(s) do interior catarinense, os incrédulos protestaram, tirando por base apenas as inegáveis limitações do time pontepretano.

Isso mostra, a quem opina sem base, que é imprescindível assistir jogos. E quem avaliou com critério aquela enganosa goleada da Chapecoense sobre o Londrina por 3 a 0, na rodada anterior, não deveria acompanhar o sopro do vento.

Pois os fatos foram indesmentíveis neste sábado, em que por pouco a Ponte não trouxe vitória a Campinas. E vejam que o time pontepretano nem precisou jogar um tostãozinho a mais em relação ao seu comportamento na derrota para o Criciúma, para que não fosse derrotado.

PÊNALTI

O gol assinalado pelo atacante Pablo Dyego, aos 33 minutos do primeiro tempo, ao explorar rebote do goleiro Airton na cobrança de pênalti do meia Élvis, com chute no canto direito, era indício que a vitória pontepretana poderia ter sido sustentada.

A origem do lance de gol foi um passe do lateral-direito Luiz Felipe, que buscava a penetração do centroavante Jeh, que sofreu pênalti do goleiro Airton.

JOGO TRUNCADO

Tecnicamente foi um jogo fraco, truncado e com seguidos erros de passes de ambos os lados.

No primeiro tempo, de prático à Ponte Preta explorou erro de saída de bola da Chapecoense, no lado esquerdo de sua defesa, ocasião em que o meia Matheus Jesus chegou na bola e ajeitou para o chute rasteiro, no canto direito, aos 27 minutos, que resultou na precisa defesa de Airton.

Se a Ponte Preta correu algum risco durante o primeiro tempo, tem que ser atribuído à tentativa de interceptação do zagueiro Édson, que desviou contra a sua própria meta, em lance que o goleiro Caíque França, atento, praticou a defesa aos 21 minutos.

POSSE DA CHAPE

No segundo tempo, como a Chape partiu com tudo ao ataque em busca do empate, consequentemente obrigou o recuo do time pontepretano, que basicamente passou a usar esporádicos contra-ataques, sem que a chance de ampliar a vantagem fosse convertida aos 38 minutos, quando de frente para o gol, o atacante Jeh chutou a bola no travessão.

A rigor, de que adianta Jeh fazer a parede, para ajeitar bola chutada em sua direção, se não é treinado algum companheiro para aproximação, visando continuidade da jogada?

Manter Matheus Jesus e Élvis andando em campo em jogo competitivo numa segunda etapa como aquela, é falha de avaliação.

A falta de jogada de fundo de campo para que Jeh seja explorado no cabeceio é um quesito não visto desde que Hélio dos Anjos estava no comando técnico.

Portanto, um time com claras limitações, como a Ponte Preta, precisa, necessariamente, de um comandante que saiba extrair aquilo que os atletas possam mostrar de melhor.

AMADORISMO

Não se justifica em hipótese alguma o comportamento amadorístico dos jogadores pontepretanos Jeh e Matheus Jesus, que discutiram asperamente e ficaram cabeça a cabeça após o apito final do árbitro cearense Leo Simão Holanda, que mostrou cartões vermelhos para ambos.

Assim, vão desfalcar a equipe na partida em que a Ponte Preta vai recepcionar o Botafogo de Ribeirão Preto, na próxima terça-feira, a partir das 19h.

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