Na Ponte Preta, Feliphinho tem méritos e pode melhorar

Ele tem a versatilidade de posicionamento, podendo ser escalado de lateral-esquerdo, meia, mas a verdadeira posição é de segundo volante.

Não bastasse a determinação para o desarme, gás privilegiado para fazer o incessante vaivém, sabe se desvencilhar da marcação

Ponte Preta - Feliphinho
Feliphinho tem muito a crescer na Macaca

Campinas, SP, 5 (AFI) – De repente, não mais que de repente, surge mais uma promessa – para alguns uma realidade – no time principal da Ponte Preta: Antonio Feliphe Costa Silva, ou simplesmente Feliphinho, que pela versatilidade de posicionamento pode ser escalado de lateral-esquerdo, meia, mas a verdadeira posição é de segundo volante.

No clube desde 2021, com 1,83m de altura, vindo do São Raimundo de Roraima, trazido pelo empresário Marco Aurélio, o Jacozinho, ele vai completar 22 anos de idade apenas em outubro. Pois aquele gol de cabeça marcado contra o Botafogo, terça-feira passada, teoricamente teria coroado a atuação dele como um dos melhores do time pontepretano naquela partida.

Não bastasse a determinação para o desarme, gás privilegiado para fazer o incessante vaivém, ainda sabe se desvencilhar da marcação adversária para aplicar o drible. Há quem diga que ao mostrar tais virtudes teria colocado dúvida na cabeça do treinador interino Felipe Moreira sobre manutenção da equipe, visando a partida das 11h do próximo domingo, no Estádio Moisés Lucarelli, contra o Ceará.

RECUOS DESNECESSÁRIOS

Ora, quem constatou tais virtudes em Feliphinho, e observou o estilo dele por inteiro, inevitavelmente questiona: por que exagera em recuo de bola, na maioria das vezes de maneira desnecessária? Esse é um velho vício de boleiro não corrigido por treinadores desatentos aos mínimos detalhes.

Quem é destemido para aplicar drible, como Feliphinho, por que em vez de conduzir a bola para escapar de adversários, quando se se vê marcado na altura do meio de campo, opta por atrasá-la a zagueiros e laterais?

CADÊ A VERTICALIDADE?

Geralmente uma vitória mascara defeitos de uma equipe e, neste jogo contra o Botafogo, em que a Ponte Preta adotou formato com três zagueiros, houve exagero de troca de passes sem objetividade entre eles, e até recuo de bola.

Esse quadro se desenhava porque o Botafogo priorizou linhas baixas na marcação, ocasião propícia para zagueiros arrancarem com a bola. Todavia, como os zagueiros pontepretanos insistiram na morosidade de troca de passes, esse vício precisa ser corrigido, pois favorece a recomposição do time adversário.

A sabedoria da verticalidade de uma equipe começa com zagueiros que exploram espaço para condução de bola com rapidez e, a partir daí, observarem o colega desmarcado no campo ofensivo, para que haja rápida aproximação da área adversária.


Vem aí o Ceará, no domingo. Será que desta vez o interino Felipe Moreira vai observar esses detalhes e tentar corrigi-los?

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