Justiça suspende fundo de investimentos de clubes da Forte Futebol

Grupo Forte Futebol estaria usando indevidamente escudos de times da LIBRA para 'vender' sua liga brasileira.

Justiça proibiu o uso indevido dos escudos da LIBRA, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.

Forte Futebol 2023
Material que foi utilizado de forma enganosa, segundo a Justiça do Rio.

Rio de Janeiro, RJ, 04 (AFI) – Os clubes do grupo Forte Futebol receberam nesta quarta-feira a decisão da Justiça do Rio de Janeiro de que estão suspensas a captação de recursos para a criação da tão esperado liga. Isso porque houve a utilização indevida de clubes que pertencem ao outro grupo chamado LIBRA.

A ação foi proposta pela Comissão de Direito do Consumidor da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, que analisou o material do Forte Futebol e entendeu que o uso dos escudos do outro grupo, a LIBRA, seria estratégia ‘com conteúdo inverídico e distorcido’, conforme consta na peça inicial.

Em decisão do juiz Paulo Assed Estefan, da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, o grupo Forte Futebol tenta “induzir os contratantes a acreditar que todos os times participam da Liga Forte Futebol Brasil e, portanto, estarão inseridos na negociação anunciada como objeto principal do tal Fundo”.

Forte Futebol 2023
Material que foi utilizado de forma enganosa, segundo a Justiça do Rio.

O magistrado suspendeu a captação de recursos pelo grupo até que o material seja retirado de circulação e seja alterado sem os escudos dos times da LIBRA. Em caso de descumprimento a multa será de R$ 10 mil por dia.

Atualmente, a XP e pela Life Capital Partners são as investidoras do Forte Futebol, com quem tem contrato com os seguintes times: Athletico-PR, América-MG, Atlético-GO, Avaí, Botafogo, Brusque, Chapecoense, Ceará, Coritiba, Criciúma, CRB, Cruzeiro, CSA, Cuiabá, Figueirense, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Operário, Sport, Tombense, Vasco e Vila Nova.

Por outro lado, forma o grupo LIBRA: ABC, Atlético-MG, Bahia, Corinthians, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Sampaio Corrêa, Santos, São Paulo e Vitória.

Todos estes clubes buscam a criação de uma liga independente a partir de 2025, já num acordo selado com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

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