Guarani terá que fazer muita força para perder do CRB

Apesar da instabilidade do Guarani nesta Série B do Brasileiro, é o típico jogo pra trazer ponto(s) de Maceió. E começar a reação com Mozart Santos

O CRB, 19 pontos ganhos e dois meses sem perder em casa, vai jogar desfalcado de quatro titulares diante do Guarani no Rei Pelé

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CRB empatou com Tombense. Foto: Francisco Cedrim - CRB

Campinas, SP, 30 (AFI) – BLOG DO ARI – Cabe, preliminarmente, comunicar o retorno dos links das colunas Memórias do Futebol – áudios que destacam personagens do passado que brilharam no futebol – e Cadê Você, material específico de ídolos do passado de Guarani e Ponte Preta.

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e confira!

CRB

Por dever de ofício, os treinadores Hélio dos Anjos e Mozart Santos, de Ponte Preta e Guarani respectivamente, acompanharam o empate sem gols entre CRB e Tombense, na noite de quarta-feira, pois esses são seus próximos adversários no final de semana.

Sobre o Tombense que a Ponte Preta vai enfrentar no domingo pela manhã, em Campinas, vou discorrer na próxima postagem.

Por ora, é prudente mirar neste CRB do treinador Daniel Paulista, que terá reencontro com o Guarani, no sábado, em Maceió.

DESFALQUES

Pra começo de ‘prosa’, o CRB, 19 pontos ganhos e dois meses sem perder em casa, vai jogar desfalcado de quatro titulares.

Com 13 minutos de jogo contra o Tombense, o seu lateral-esquerdo Guilherme Santos sofreu estiramento na coxa, e este tipo de lesão não recomenda recuperação imediata.

Aí, o reserva dele, Bryan, que o substituiu, recebeu o terceiro cartão amarelo, a exemplo do volante Mathã e atacante Negueba, todos suspensos.

TRAZER PONTO

Apesar da instabilidade do Guarani nesta Série B do Brasileiro, é o típico jogo pra trazer ponto(s) de Maceió.

Como assim, discorda o próprio torcedor bugrino, descrente na capacidade de sua equipe pelo histórico na competição.

Aí insisto: o Guarani terá que fazer muita força pra perder do CRB, um time que toca morosamente a bola a partir de sua defesa, dando plenas chances de recomposição para que o adversário se reorganize defensivamente.

Foi o que fez o Tombense até que os seus jogadores cansassem na metade do segundo tempo, e as substituições provocarem queda de rendimento, inclusive na marcação.

SÓ INTENSIDADE

O estilo do CRB é o retrato do futebol mostrado pela Ponte Preta: muita competitividade, intensidade, mas quase nada de criatividade e exagero de passes errados.

Estatística feita pela televisão, no jogo contra o Tombense, mostrou registro de 112 passes errados até os 16 minutos do segundo tempo.

O lado de campo do CRB é constantemente acionado, mas não se vê jogadas trabalhadas para penetração na área adversária. A rigor, o time carece do driblador eficiente.

Os atacantes de beirada Fabinho e o suspenso Negueba fazem a mesma ‘fumaça’ bem conhecida pelo atacante bugrino Yago: ‘ciscam’, porém sem sentido de progressão.

RICHARD

Aí dirão que o ex-pontepretano Richard, que entrou na metade do segundo tempo, criou jogadas e até exigiu defesa importante do goleiro Felipe Garcia, do Tombense.

Sim, mas o enfrentamento direto, na ponta-direita, foi com o reserva e oscilante Reginaldo, que havia substituído o titular Manoel no transcorrer da partida.

Por ter jogado em Campinas, o futebol de Richard é sobejamente conhecido.

Aí, como o centroavante Anselmo Ramon anda em campo e ultimamente tem sido ‘artilheiro dos gols fáceis’, basta seriedade na marcação bugrina para que o time não sofra risco nesta partida.

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Mozart conhece bem o CRB. Foto: Thomaz Marostegan – GFC

GUM

O desenho do CRB implica num lógico raciocínio que o Guarani pode aplicar: inicialmente se defender e, incontinenti, optar pelo estilo proposto pelo Tombense de contra-golpear.

Quando ataca, o CRB deixa buracos na defensiva que podem ser explorados, se a transição bugrina ao ataque for rápida, preferencialmente pelo lado esquerdo visando o atacante de beirada Bruno José – se é que será escalado.

Com sistemáticos avanços do lateral-direito Raul Prata, a tendência lógica seria Bruno José ficar de mano com o lento zagueiro Gum, que de posse de bola basicamente a alonga.

Teria o recém-chegado treinador Mozart observado a vulnerabilidade de Gum?

Não seria o caso de programar a chegada do meia Giovanni Augusto pra completar jogadas, que supostamente poderiam ser construídas por Bruno José?

Claro que são conjecturas, mas que não devem ser desconsideradas.

Se o Tombense está longe de cotação elogiosa e sustentou o empate e garantiu 21 pontos na Série B, repito que o Guarani terá que fazer muita força para perder esse jogo.

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