Guarani soube fazer a lição de casa, mesmo que de virada

Se a obrigação do Guarani era vencer a Portuguesa, a missão foi cumprida, ao se reabilitar no Paulistão, com vitória de virada por 2 a 1

Torcedor precisa perder a mania de 'cornetar' treinador quando ele coloca em prática os jogadores em melhores condições técnicas e físicas

Foto: Guarani / Divulgação
Guarani virou na raça. Foto: Thomaz Marostegan - GFC

Campinas, SP, 8 (AFI) – Se a obrigação do Guarani era vencer a Portuguesa, a missão foi cumprida, ao se reabilitar no Paulistão, com vitória de virada por 2 a 1, na noite desta quarta-feira, em Campinas.

Torcedor precisa perder a mania de ‘cornetar’ treinador quando ele coloca em prática os jogadores em melhores condições técnicas e físicas, como foi o caso do comandante Mozart Santos, do Guarani.

Se o meia Giovanni Augusto foi preservado entre os reservas, é porque vinha de período de recuperação.

Logo, a lesão do atacante de beirada Bruninho precipitou a entrada dele no gramado, aos 39 minutos do primeiro tempo.

Afora isso, mesmo quando estava em desvantagem no placar, o Guarani havia colocado em prática um futebol de intensidade, a procura de espaços na bem fechada defensiva da Lusa, cuja proposta era explorar contra-ataques.

PARAÍZO

Claro que aquele esquema colocado em prática pela equipe bugrina, eminentemente ofensivo, exigia cuidado na marcação, mas, por descuido, quando o time estava no ataque, o adversário contra-golpeou. E, paradoxalmente, o atacante Bruno José, que estava na cobertura, foi envolvido na jogada pela velocidade do atacante Paraízo que, ao ficar de frente para o goleiro Tony, teve paciência para o chute no canto oposto, o direito, aos 27 minutos.

Antes disso, no primeiro minuto de jogo, quando o time bugrino estava ‘frio’ em campo, por pouco não foi surpreendido, em lance que Gustavo Ramos exigiu reflexo do goleiro Tony, na jogada.

Guarani 2 x 1 Portuguesa
Matheus Barbosa acertou chutaço de longe. Foto: Thomaz Marostegan – GFC

INVERSÕES

Apesar de seguidas inversões de bola de lados, transição rápida dos laterais ao ataque, o Guarani encontrava dificuldade para furar o bloqueio da Lusa, até que numa bola em profundidade, lançada para Bruno José, ocorreu o pênalti, marcado e convertido pelo meia-atacante Isaque, que colocou a bola no canto direito, aos 40 minutos.

A virada no placar ocorreu quatro minutos depois, quando o volante Matheus Barbosa acertou um ‘canhão’ do meio da rua, indefensável para o goleiro Thomazela.

RESGUARDAR

Toda aquela intensidade do time bugrino foi trocada pela prudência para se defender, e assim não ser mais surpreendido.

A Lusa atacou o tempo todo, após o intervalo, mas aí ficou flagrante a limitação de seus jogadores, que não conseguiam penetração no bem montado esquema defensivo bugrino.

Assim, chance da Portuguesa se resumiu em cobrança de escanteio pela direita, quando um de seus jogadores acertou cabeçada, mas outra vez apareceu o goleiro Tony para praticar a defesa, aos 26 minutos.

LIÇÃO DE CASA

Assim, pela aplicação e sabedoria para se defender, o Guarani fez a lição de casa, com perspectiva de mudança daquele clima de pressão.

Agora, com sete pontos ganhos, a meta inicial é evitar qualquer risco de rebaixamento. Aí, em caso de bobeada dos concorrentes diretos do grupo, projeta até sonhar com vaga às quarta de final da competição, até porque, na hipótese de não passar à fase seguinte, fica sem classificação à Copa do Brasil de 2024.

 

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