Árbitro agredido faz duras críticas à punição do jogador agressor: "Vergonha"

"Eu poderia ter morrido. Morrido no lance que aconteceu", desabafou o juizão

Para árbitro, jogador deveria ter sido banido do esporte

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Crivellaro criticou a suspensão de dois anos do atleta. (Foto: William Oliveira / Guarani)

Campinas, SP, 20 (AFI) – O árbitro Rodrigo Crivellaro criticou, em suas redes sociais, a punição, imposta pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RS), de dois anos a William Ribeiro. O ex-jogador do São Paulo-RS agrediu o juiz durante a partida diante do Guarani pela Série A2 do Campeonato Gaúcho.

“Eu sou obrigado a vir aqui na internet, porque é uma vergonha apenas dois anos de pena para o atleta que me agrediu, onde eu poderia ter morrido. Morrido no lance que aconteceu. Quem quiser pode me pedir esses vídeos aqui que eu vou mandar e espalhem pelo Brasil, pelo mundo inteiro esse vídeo, porque é uma vergonha”, disse Crivellaro.

AGRESSÃO!
Após receber um cartão amarelo por reclamação, Willian se dirigiu ao árbitro Rodrigo Crivellaro e desferiu um soco. Ao cair, o atleta chutou a nuca do juiz, enquanto estava caído no chão.

“Eu também sou pai de família, também não tenho dinheiro como o cara não tem, que foi o que falaram, que foi o que justificaram. Na psicologia não existe raça, não existe gênero, não existe se é preto, se é branco, se é gordo, se é magro, então é uma vergonha essa lei brasileira. Tinha que ser banido do futebol. Porque eu poderia ter perdido minha vida e não poderia estar aqui agora contando isso aqui para vocês, é uma vergonha a lei brasileira”, completou Rodrigo Crivellaro.

JULGAMENTO!
William havia sido denunciado no artigo 254-A do Código Brasileira de Justiça Desportiva (CBJD). Ele ainda teve o agravante de a agressão ter sido praticada contra árbitro, assistente ou demais membros da equipe de arbitragem.

A intenção de todos era que o atleta fosse banido do esporte, porém, tal punição não existe no ordenamento desportivo. Por isso, o relator do caso, o advogado Rafael Machado da Silva, pediu a sua suspensão pelo período de dois anos. Todos os demais advogados (procuradores) acataram a pena de forma unânime.

“Aconteceram várias questões no campo. Eu errei. O que eu fiz não foi certo. Estou muito arrependido. Na hora me deu um apagão e agi daquela forma. Eu não sei explicar o que me deu na hora. Simplesmente me escureceu as vistas. Eu estou até procurando tratamento psicológico”, disse o ex-jogador do São Paulo no julgamento.

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