Pela Camisa Verde e Branco, Adriano Imperador desfila no carnaval de São Paulo
Os personagens são citados como exemplos de resistência negra e símbolos da luta de um povo.
Na concentração, a escola teve problemas com a manobra de um dos carros alegóricos. O carro, no entanto, atravessou a avenida sem contratempos.
São Paulo, SP , 10 (AFI) – A Camisa Verde e Branco foi a primeira escola a entrar na avenida sexta-feira, primeiro dia de desfiles no Sambódromo do Anhembi. A escola apresentou o enredo “Adenla – O imperador nas terras do rei”, uma homenagem aos reis africanos e ao ex-jogador de futebol Adriano Imperador.
O desfile une história e futebol ao contar a trajetória de Oxóssi, Piye (primeiro faraó negro), o imperador Mansa Musa (o homem mais rico do mundo no século 14) e de Adriano Imperador, que ganhou o apelido por seu talento no futebol.
Os personagens são citados como exemplos de resistência negra e símbolos da luta de um povo. A ideia é reforçar a “africanidade”, a “ancestralidade” e a “memória genética” da escola. “Adenla” é o nome da coroa usada pelo rei do povo iorubá.
Adriano Imperador, estrela da escola, foi recebido na avenida com aplausos de foliões e funcionários. O craque posou para fotos e distribuiu simpatia. Em cima de uma empilhadeira para subir no carro alegórico, ele ficou com medo de cair e brincou com a situação.
Uma mulher desmaiou na ala das baianas durante o desfile. Ela foi logo socorrida pelos bombeiros presentes no local. Foi preciso retirar a fantasia da mulher, que saiu andando da avenida após receber o pronto atendimento.
Na concentração, a escola teve problemas com a manobra de um dos carros alegóricos. O carro, no entanto, atravessou a avenida sem contratempos.
A Camisa Verde e Branco abusou do dourado e verde para representar a realeza e opulência de seus personagens. Alas homenagearam o poder de Oxóssi sobre as florestas, a riqueza de Mansa Musa com o ouro, o poder do cabelo black power e, no último carro, o sucesso de Adriano Imperador nos gramados. O jogador veio rodeado de crianças vestindo fantasias que representavam o uniforme da Seleção Brasileira e o “sonho de meninos e meninas”.
Fundada em 1953 na Barra Funda, a agremiação passou doze anos distante da elite do Carnaval paulistano, voltando ao Grupo Especial após ser vice-campeã do Grupo de Acesso no ano passado.
A escola já foi campeã nove vezes pelo Grupo Especial.
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