TOQUE DE BOLA

SÉRGIO CARVALHO

Sérgio Carvalho - Seleção ficou livre de Diniz e a porta se abre para Dorival

Dorival Júnior é o melhor neste técnico momento. Ele deixou o São Paulo e deve, com simplicidade, encontrar a melhor formação para a Seleção.

Diniz em mais de 15 anos de trabalho só ganhou dois títulos que poderiam ser considerados importantes: um carioca e uma Libertadores.

CBF- Seleção Brasileira
Ednaldo e Diniz: dupla ruim. Foto: Reprodução TV CBF


Por SÉRGIO CARVALHO

Campinas, SP, 9 (AFI) – Ufa. Ficamos livres de Fernando Diniz, o técnico de um esquema só. Ele nunca mereceu treinar a Seleção Brasileira. Primeiro porque não é um técnico vencedor, que soma títulos sobre títulos a cada ano. Ao contrário. Seus times jogam sempre do mesmo jeito e não tem opções quando o adversário acha uma alternativa para superar seu jeito de jogar. Diniz em mais de 15 anos de trabalho só ganhou dois títulos que poderiam ser considerados importantes: um campeonato carioca e uma Copa Libertadores.

E na conquista desta Copa, seu time não jogou bem, insistiu em erros que Diniz não conserta nunca e só foi campeão porque pegou pela frente na final, o decadente Boca Juniors da Argentina. A maior demonstração de que Diniz não serve para a Seleção é sua campanha nas Eliminatórias da Copa, onde só venceu bem a fragilíssima Bolívia, que atravessa a pior fase de sua história.

No mais, empatou um jogo e perdeu três, um dos quais para o Uruguai, de quem o Brasil não perdia há mais de 30 anos. Uma campanha horrível, que poderia até ter levado o Brasil a ficar fora da Copa de 2026, por culpa absoluta deste incompetente e pernóstico treinador. 

Com Diniz afastado e sem possibilidade de volta, a CBF tem agora a chance de consertar o erro de avaliação do presidente da entidade, que passou a ter tempo de sobra para indicar para a Seleção Brasileira um treinador que realmente mereça esse cargo. A primeira opção nacional de Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, era mesmo Dorival Júnior, que estava no São Paulo. Excelente técnico, que atravessa ótimo momento e poderá fazer um bom trabalho à frente de nossa Seleção. Dorival é o melhor neste momento.

OUTRAS OPÇÕES
Havia outras opções, como Renato Gaúcho, que vem fazendo ótimo trabalho no Grêmio Porto Alegrense. Mas há também os técnicos estrangeiros, entre os quais, citaria o nome de Abel Ferreira, do Palmeiras, que faz trabalho extraordinário no clube de Palestra Itália.

Além dele, há ainda Jorge Jesus, que fez excelente trabalho no Flamengo em 2019 e poderia agora montar uma seleção digna do Brasil, se lhe derem tempo para tanto. Lógico que há outros nomes, entre os quais o de Mourinho, outro emérito ganhador de títulos. Mas acho que, no momento, o primeiro nome estrangeiro deveria mesmo ser o de Abel Ferreira, do Palmeiras.  

SEM PERDER TEMPO
Importante é não perder tempo. As Eliminatórias da Copa de 2026 voltam a ser disputadas no mês de setembro deste ano. Antes disso, o Brasil terá pela frente alguns amistosos para aquecer suas baterias. Após a escolha acertada, agora é dar todos os recursos possíveis para que o novo técnico possa trabalhar tranquilo e tenha tempo para não só escolher os melhores jogadores para convocar, mas também para treiná-los ao máximo até que consigam se entender em campo dentro do esquema tático pré escolhido pelo treinador.

Um dos problemas do Brasil, por sinal, é exatamente esse. Não ter mais aqueles jogadores que desequilibravam e ganhavam jogos graças a sua técnica aprimorada. Mas já que não temos mais atletas com esse perfil, que o novo técnico opte por jogadores que tenham personalidade forte para vestir a camisa da seleção e que saibam produzir em campo um futebol que vise o coletivo, já que o individual não serve mais para para a Seleção Brasileira, por falta de matéria prima para atingir esse objetivo.

COM NEYMAR

E só para terminar. Tem gente que já faz campanha para que Neymar seja esquecido pelo novo treinador da Seleção. Sou contra. Neymar ainda é o maior talento do futebol brasileiro. Vamos precisar dele. Desde que sem contusões sérias e em condições de produzir tudo o que sabe dentro do esquema pré traçado pelo novo treinador. Neymar ainda é insubstituível quando falamos de Seleção.