Enfim, clima de dérbi sem temperatura exagerada. Isso é bom!

Nada daquela efervescência exagerada, quando briguentos de organizadas ganhavam manchetes em noticiário. Isso é muito bom para o futebol.

Entendo que seja por aí: equilíbrio. Aos poucos o futebol campineiro começa quebrar paradigmas, em se tratando de dérbi.

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Dérbi pela Série B (Foto: Álvaro Jr./Ponte Press)

Campinas, SP, 7 (AFI) – Teria o pré-dérbi campineiro atingido a temperatura ideal? Nada daquela efervescência exagerada, quando briguentos de organizadas ganhavam manchetes em noticiário; nada igualmente de clima desmotivante.

É assim que Guarani e Ponte Preta vão para o confronto a partir das 16h deste domingo, no Estádio Brinco de Ouro, com torcida única, mas com transmissão anunciada pela EPTV. Aqui na casa, as plataformas digitais – rádio web, facebook e youtube – vão também acompanhar o duelo.

A mídia campineira, que ajudava a colocar combustível na semana do dérbi, pra dar aquela esquentada, desta vez foi mais discreta, sem desconsiderar algumas pautas paralelas com alguma relevância.

Entendo que seja por aí: equilíbrio. Aos poucos o futebol campineiro começa quebrar paradigmas, em se tratando de dérbi.

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TABU

Quem disse que os clubes da cidade têm que esperar tropeço em dérbi para trocar treinador?

Pois o Guarani derrubou esse tabu com a demissão de Daniel Paulista, mesmo que o interino seja um auxiliar fixo, caso de Ben-hur Moreira, provavelmente sem o devido traquejo para o confronto.

Estivesse o dérbi em temperatura alta, cartolas bugrinos arriscariam aquela então impensada decisão?

Claro que a coluna se posicionou enfaticamente que já havia até passado da hora de troca no comando técnico, convencionando-se a hipótese de se trazer um profissional rodado, que de fato coloque a equipe na briga pelo acesso.

TORCIDA ÚNICA

Teria essa imposição de torcida única implicado em menor motivação para o dérbi?

Aparentemente não, até porque isso tem se repetido nos últimos anos, e o mandante se fez presente em proporção considerável.

Teria, no caso, caído um pouco a motivação em relação à proibição de acesso ao estádio do visitante?

PONTE PRETA SOFRIDA

No caso específico da Ponte Preta, dirigentes judiaram tanto da agremiação que provocaram desestímulo em muitos torcedores então apaixonados por ela.

É aquela coisa de incompetência de cartolas minarem a paciência de quem não perdia jogos, até se atingir a humilhante queda à Série A-2 do Paulista para a temporada de 2023.

Aquele duro golpe não foi esquecido. E isso faz lembrar retorno ao Estádio Francisco de Palma Travassos para duelo contra o Comercial, que neste sábado garantiu acesso na Série A-3, com empate diante da Votuporanguense.

Por sinal, aquele estádio marcou a triste lembrança do então segurança da Ponte Preta Maurinho agredir covardemente repórter de emissora de Ribeirão Preto, na década de 70, ocasião em que o agredido, laçado por fios e equipamentos de trabalho, sequer pode se defender.

DERROTA ABSORVIDA
De positivo, com temperatura nem pra mais, nem pra menos em dérbi, projeta-se que qualquer que seja o resultado será bem absorvido de ambos os lados.

No confronto anterior a Ponte Preta sofreu humilhante goleada por 3 a 0 e a vida continuou sem pressão exagerada no clube, além da natural queda do treinador Gilson Kleina.

Melhor assim. Esse negócio de derrubar treinador para transferir responsabilidade ou desviar o impacto decorrente do tropeço já deveria fazer parte do passado.

De resto, que pelo menos tenhamos um jogo agradável, sem aquela predominante picotada clássica da boleirada de outros dérbis.

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