Campinas, SP, 11 (AFI) – O jogo em que a Ponte Preta venceu o Gama, por 1 a 0, na abertura da Série B contou com a presença de José Neves Filho, presidente do Futebol Brasil Associados (FBA), entidade que defende os interesses dos clubes da Série B. Acompanhado do vice-presidente, o cearense Alexandre Frota, ele ratificou o pedido de boicote ao pagamento das taxas de arbitragem.

“O artigo 30 do Estatuto do Torcedor diz que a promotora do evento deve pagar esta despesa. A CBF é responsável pelo lado técnico, enquanto a FBA só responde pelos interesses comerciais. Vou pagar por este ônus ou por este bônus”, comentou. Ele confirmou que esteve reunido com Ricardo Teixeira, presidente da CBF, no dia 9 de março, quando fez a proposta verbal. E, em abril, encaminhou pedido oficial.

Como tinha prometido, o diretor de futebol da Ponte Preta, Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho, não efetuou o pagamento das taxas de arbitragem. O trio paranaense deixou o majestoso de mãos abanando. Num jogo deste, o árbitro receberia R$ 1.2 mil, enquanto os bandeiras metade – R$ 600. Além disso, teve despesas com viagens, hospedagem e alimentação. Algo em torno de R$ 500 cada um. O trio veio de carro próprio de Curitiba.

“Fomos pegos de surpresa. E agora vamos relatar que não recebemos a devida taxa e as despesas, esperando que a CBF tome um posicionamento. É bem certo de que a entidade não deixará os árbitros na mão”, comentou ao final do jogo o árbitro principal, Antônio Denival de Morais.

Presença justificada
José Neves fez questão de explicar a sua presença em Campinas, na abertura da competição.

”Ponte Preta é o clube de futebol mais velho do Brasil, esteve 10 anos na Série A e aparece como uma das favoritas ao acesso. O Gama também já esteve na Série A e representa dignamente o Distrito Federal. Por isso, vim até Campinas”, comentou.

Após o jogo, os dirigentes retornaram para São Paulo. Alexandre Frota estará, neste sábado, em Itu, acompanhando Ituano x Ceará. Frota já foi presidente do clube cearense.