Limeira, SP, 18 (AFI) – A Inter de Limeira aposta em experiência e qualidade para lutar pelo acesso na Série D do Campeonato Brasileiro. Entre os nomes que mais chamam atenção está o do zagueiro Franklin Joseph Tochukwu Onwudiwe, de 26 anos, que carrega uma história marcada por gratidão, superação e sonhos que ultrapassam fronteiras.

GRATIDÃO AO CORINTHIANS

Revelado no Corinthians, Franklin passou 12 anos no clube e fez parte do elenco campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2017. O defensor lembra com carinho da formação e descarta qualquer ressentimento pela falta de espaço no profissional.

“Fiz a minha formação toda no Corinthians, cheguei lá uma criança de 7, 8 anos, saí lá com praticamente 20 anos e não guardo mágoa nenhuma. Tudo o que sou hoje é graças às pessoas com quem trabalhei lá. O Corinthians me capacitou para ser o atleta que eu sou hoje, sou eternamente grato”, afirmou.

Ele também destacou que a concorrência pesada no setor defensivo limitou suas chances:

“O momento que subi para o profissional o elenco tinha ótimos zagueiros: Gil, Felipe, Pablo, Balbuena, Pedro Henrique, entre outros. Não tinha espaço. E era uma época que o Corinthians estava ganhando tudo, então não tive oportunidade.”

SUPERAÇÃO APÓS LESÃO GRAVE

Em 2023, Franklin sofreu uma grave lesão ao fraturar a tíbia em um jogo da Série D contra o Cascavel. Após quase um ano afastado, voltou aos gramados em 2024, com passagens por Sampaio Corrêa e Ypiranga-RS.

“A lesão me fez aprender não só profissionalmente, mas também na minha vida pessoal. Me fez entender muitas coisas, principalmente o que eu posso controlar. Tive discernimento para poder esperar meu momento”, relatou.

Disciplinado, o zagueiro ressaltou a dedicação no processo de recuperação:

“Alguns atletas têm esse tipo de lesão e nunca mais conseguem voltar ao alto rendimento. Eu voltei melhor e fazendo grandes jogos. Espero, dia após dia, treino após treino, estar sempre evoluindo, não só profissionalmente, mas em toda a minha vida.”

SONHO DE DEFENDER A NIGÉRIA

Filho de nigeriano, Franklin também possui cidadania do país africano e não esconde o grande objetivo da carreira: jogar uma Copa do Mundo pela Nigéria.

“Esse é o meu objetivo. Estou em busca disso. Algumas pessoas podem não acreditar, achar que eu estou muito longe, mas a cada jogo e a cada treino eu estou evoluindo. As pessoas estão vendo isso e acredito que posso chegar lá”, disse confiante.

O zagueiro esteve próximo da seleção nigeriana em 2015, quando poderia ter disputado o Mundial Sub-17 no Chile, mas não conseguiu emitir o passaporte a tempo. Hoje, ele mantém viva a esperança de defender as Super Eagles, que não disputam uma Copa desde 2018.