Wilson Matos desiste de disputar eleição no Guarani

Empresário que articulava candidatura pela chapa “União Guarani” decidiu retirar seu nome da disputa e não concorrerá à presidência do Bugre em dezembro.

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Decisão de Wilson Matos redesenha o cenário político no Brinco e fortalece disputa entre Rômulo Amaro e Felipe Roselli. (Reprodução/GFC)

Campinas, SP (AFI) – O empresário Wilson Matos decidiu não concorrer à presidência do Guarani Futebol Clube nas eleições marcadas para o dia 14 de dezembro.

A decisão ocorre após semanas de articulações e conversas com ex-dirigentes, ídolos e conselheiros. Matos era o principal articulador da chapa “União Guarani”, que prometia reunir diferentes correntes políticas sob um mesmo projeto, com foco em modernizar a gestão e avançar na transformação do clube em SAF (Sociedade Anônima do Futebol).

BASTIDORES DA DECISÃO

Nos bastidores, a desistência de Wilson Matos foi vista como resultado de uma combinação de fatores — desde divergências internas sobre o formato da chapa até a dificuldade em alinhar nomes para o Conselho de Administração dentro do prazo previsto pelo edital.

A “União Guarani” havia se estruturado com o discurso de “não ser situação nem oposição”, apostando em um projeto que incluía o aporte inicial de R$ 20 milhões e planos de novo estádio e centro de treinamento.

Mesmo com o apoio de figuras históricas como Amoroso, Fumagalli, Renatinho e do ex-dirigente Cláudio Corrente, o grupo não conseguiu consenso político suficiente para formalizar a candidatura antes da data-limite.

CENÁRIO ELEITORAL REDESENHADO

Com a saída de Wilson Matos, o processo eleitoral do Guarani fica, ao menos por enquanto, restrito a duas chapas oficiais:

“Avante Meu Bugre”, liderada pelo atual presidente Rômulo Amaro, que tenta a reeleição;

“Meu Bugre Forte”, encabeçada pelo empresário Felipe Roselli, com apoio do ex-presidente Horley Senna.

A ausência da “União Guarani” tende a polarizar a eleição e fortalecer os dois principais grupos. Enquanto a situação aposta na continuidade administrativa e na reestruturação financeira, a oposição prega modernização, transparência e planejamento a longo prazo.

O PROCESSO ELEITORAL

A eleição está marcada para o dia 14 de dezembro, no ginásio do Brinco de Ouro, com início da votação às 9h30 (primeira convocação) e 10h (segunda convocação).

Podem votar sócios maiores de 18 anos, com pelo menos um ano de associação e que estejam em dia com suas obrigações estatutárias.

Cada chapa ao Conselho de Administração deve apresentar sete integrantes — três titulares (presidente e vices) e quatro suplentes —, além de 80 assinaturas de apoio. Já as chapas ao Conselho Deliberativo precisam inscrever 100 nomes, sendo 60 efetivos.

Os eleitos assumem os cargos no dia 1º de janeiro de 2026, e os novos Conselhos Deliberativo e Fiscal tomam posse cinco dias depois, em 6 de janeiro.

UM NOME QUE SEGUE PRESENTE

Mesmo fora da disputa, Wilson Matos garantiu que seguirá contribuindo nos bastidores, especialmente em projetos de reestruturação administrativa e modernização financeira do Guarani.

Com a desistência, o empresário encerra momentaneamente sua trajetória política ativa no clube, mas mantém o nome em evidência para futuras gestões.

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