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ARIOVALDO IZAC

Vitória com jeito de Ponte Preta, ao suportar pressão do Corinthians

Esta vitória foi daquele jeito já costumeiro de sofrer, porém com a compensação de sustentá-la, o que para muitos era inimaginável.

Se o pontepretano sofreu, a dor no peito foi do corintiano. Será que ainda dá para ter esperança, se o clube patinou nos dez pontos?

Paulistão - Corinthians 0 x 1 Ponte Preta
Ponte Preta segurou o Corinthians com três zagueiros. Foto: Marcos Ribolli

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Campinas, SP, 25 (AFI) – Há muito tempo o torcedor pontepretano aprendeu a sofrer, mas não esperava que o seu coração fosse colocado à prova na noite deste domingo, na Neo Química Arena, contra o Corinthians.

Que situação dramática para sustentar uma vantagem estabelecida logo aos cinco minutos de partida, quando em cobrança de falta, através do meia Élvis, rebote do goleiro Carlos Miguel, o seu atacante Iago Dias fosse marcar, de cabeça, o gol da vitória: 1 a 0.

Evidente que depois disso só se poderia esperar volume de jogo ofensivo do Corinthians em busca de virar o placar, até porque ainda está enroscado visando a classificação.

Se o pontepretano sofreu, neste domingo a dor no peito foi do corintiano.

Afinal, em jogo de torcida única, com 41.118 pagantes e esperançosos visando classificação à segunda fase do Paulistão, restou a frustração.

Será que ainda dá para o corintiano ter esperança, se o clube patinou nos dez pontos?

Paulistão - 2024
Iago Dias aproveitou rebote do goleiro e marcou o gol da vitória da Ponte Preta. Foto: Marcos Ribolli – Ponte Press

INIMAGINÁVEL

Como a Ponte Preta não tem nada a ver com isso, também objetiva vaga às quartas-de-final da competição, esta vitória foi daquele jeito já costumeiro de sofrer, porém com a compensação de sustentá-la, o que para muitos era inimaginável.

Reflexo disso é que agora abre diferença de dois pontos para o Água Santa – 16 a 14 -, na briga pela segunda vaga do Grupo B, restando dois jogos para ambos no complemento desta primeira fase.

GOLS PERDIDOS

Ora o seu goleiro Pedro Rocha praticava defesa, como em finalização de Wesley, ora ele mostrava coragem e precisão para socar bolas cruzadas contra a sua meta.

Outra vez o lateral-esquerdo Risso praticamente impede lance que poderia resultar em gol do Corinthians, com participação do atacante Romero.

Como os deuses dos estádios optaram por resguardar a Ponte Preta, ou jogadores do Corinthians pecaram em finalizações, como Gustavo Henrique e Garro, ou bola que parecia ter endereço certo, através de cabeçada do zagueiro Félix Torres, foi parar na trave.

Assim foi o drama da Ponte Preta, defendendo-se como podia, chutando a bola para o mato em jogo de campeonato, até a recompensa da vitória.

Nesta antepenúltima rodada, a Ponte Preta ainda se beneficiou do tropeço do Água Santa para o Novorizontino, por 1 a 0, no sábado, e assim ficam indícios de duas rodadas complementares da primeira fase concorridíssimas para ambos, na busca pela classificação.

PENÚLTIMA RODADA

Na penúltima rodada, eles entrarão em campo no domingo.

O desafio do Água Santa será vencer o bem situado São Bernardo, mandante deste confronto, a partir das 16h.

A tabela programa que a Ponte Preta, em seu estádio, comece a enfrentar o Novorizontino uma hora depois do início do jogo de seu concorrente.

Logo, dependendo da dança das cadeiras, a empreitada de ambos, na derradeira rodada da primeira fase, será às 16h do domingo, dez de março.

Mesmo que até lá o Corinthians não esteja no páreo, o Água Santa sabe que a parada pode ser indigesta, como mandante do jogo.

Quanto à Ponte Preta, se o Santo André ainda estiver brigando para escapar do rebaixamento, igualmente pode-se esperar por tremenda dificuldade.

SURPRESA

A diferença técnica do Corinthians para a Ponte Preta o colocava como favorito no confronto entre ambos, mas a equipe campineira voltou a surpreender, a exemplo daquilo que ocorreu ao vencer o São Paulo por 2 a 0, em Campinas.

Mais uma vez a estratégia defensiva colocada em prática pelo treinador João Brigatti, da Ponte Preta, foi bem sucedida, no formato com três zagueiros e extrema competitividade de seus jogadores.