Vem aí o competitivo e veloz Novorizontino; como vencê-lo, Guarani?

O Guarani precisa vencer para voltar ao G-4 da Série B, mas vai ter pela frente um Novorizontino muito bem treinado por Eduardo Baptista.

Esse Novorizontino, que será adversário do Guarani a partir das 17h de sábado, em Campinas, alterna os lados do campo em jogadas ofensivas

Eduardo Baptista - Novorizontino
Eduardo Baptista competente no Novorizontino (Foto: Guilherme Videira/Novorizontino)

BLOG DO ARI

Campinas, SP, 29 (AFI) – Se por obrigação de ofício o treinador bugrino Umberto Louzer ficou de olhos colados na televisão, segunda-feira passada, para conferir mais uma vez aquilo que já tinha conhecimento sobre o Novorizontino, agora observou que o troca do centroavante, com a fixação de Rodolfo no lugar do Ronaldo, deixou o time mais veloz na proposta essencialmente vertical colocada em prática pelo treinador Eduardo Baptista.

Esse Novorizontino, que será adversário do Guarani a partir das 17h de sábado, em Campinas, alterna os lados do campo em jogadas ofensivas, porém com mais frequência pela direita, com as frequentes incursões do lateral Willen Lepo.

Ocorre que ao atingir o prolongamento da grande área adversária, é feito o cruzamento para chegada de pelo menos dois jogadores para o complemento de jogadas, o que implica em atacante de beirada fechar por dentro para finalizar.

Como não há precisão nos cruzamentos, na maioria das vezes acabam interceptados por defensores adversários.

Cruzamentos que requerem mais cuidados de adversários do Novorizontino são em lances de bola parada ofensiva, com projeções dos zagueiros, principalmente César Martins.

Como o Novorizontino opta por acelerar demais as jogadas, a consequência tem sido maior erros de passes ou nas bolas alongadas.

ESCOLA ARGENTINA

Quem ainda relativiza a importância de treinadores na direção de clubes, então responda se for capaz. A base do elenco do Novorizontino é bem semelhante daquela que foi vice do Campeonato Paulista da Série A2?

Sim, você concorda.

Então, como disputando uma Série B o treinador Eduardo Baptista conseguiu melhorar o rendimento de sua equipe, em confronto contra adversários de melhor potencial?

Sem alarde, Eduardo Baptista colocou em prática um forte estilo de marcação a partir de seu meio de campo, que implica em incontáveis desarmes e antecipações de jogadas.

Esse estilo faz lembrar o selecionado argentino de décadas passadas, quando dava a impressão de contar com mais jogadores em campo pela facilidade para dobrar a marcação em todos lados do campo.

A pegada é tão forte que, por vezes, resulta em cartão amarelo. Como o desgaste dos jogadores é inevitável a partir da metade do segundo tempo, trocas tornam-se obrigatórias, na maioria das vezes provocando queda de rendimento.

COSTAS DOS LATERAIS

Como o treinador Louzer conhece sobejamente a estrutura da equipe do Novorizontino com três zagueiros, os laterais têm liberdade para atacar.

Logo, inevitavelmente ficam buracos nas costas deles, que exigem cobertura de zagueiros. É exatamente aí que o Guarani pode tentar explorar jogadas de velocidade pelo setor, na busca de se aproximar do gol adversário.

Claro está que se o Guarani tocar a bola morosamente a procura de espaços para espetar na defensiva adversária, provavelmente a missão pode se tornar mais difícil.  

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