Veiga quer pôr fim a má fase e liderar Palmeiras contra o Cuiabá

Após pênaltis perdidos, Raphael Veiga acredita em recuperação contra o Cuiabá

O meia, Raphael Veiga, perdeu dois pênaltis na partida contra o São Paulo, e tem a missão de se redimir com o torcedor palmeirense

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Veiga no Palmeiras (Foto: DIvulgação/ Palmeiras)

São Paulo, SP, 18 – Sem vencer há três jogos pelo Campeonato Brasileiro, o Palmeiras quer esquecer a frustrante eliminação para o rival São Paulo na Copa do Brasil e conquistar importantes pontos na luta pelo título do torneio nacional. Para isso, terá de passar pelo Cuiabá, nesta segunda-feira, às 20h, no Allianz Parque, que receberá novamente ótimo público. Essa partida também é tratada como uma ótima oportunidade para Raphael Veiga se recuperar da desconfiança que o persegue nos últimos dois meses.

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Raphael Veiga no Palmeiras (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

VEIGA QUER DAR A VOLTA POR CIMA

O meia tenta dar a volta por cima e não se abalar pelas falhas. Veiga não desfruta de sua melhor fase com a camisa do Palmeiras. Uma sequência de problemas vivenciados nas últimas semanas atrapalhou a manutenção do ótimo rendimento, responsável por levar o atleta à lista de pedidos dos torcedores para convocação na seleção brasileira. Após não figurar entre os chamados por Tite, no fim de maio, Veiga teve uma virose e testou positivo para a covid-19, dando início a um ciclo tortuoso.

Quando retornou, Veiga perdeu um pênalti diante do Santos, o primeiro com a camisa do Palmeiras, interrompendo uma sequência de 24 penalidades convertidas. No jogo seguinte, contra o Atlético-MG, ficou em campo por poucos minutos e sofreu uma lesão muscular que o deixou fora dos gramados por quase 20 dias.

Dos últimos 15 jogos do Palmeiras, Raphael Veiga só esteve presente em oito, sendo seis como titular. Nesse período só assinalou um tento, perdeu três pênaltis e não deu assistências. Decisivo nas últimas finais disputadas pelo clube alviverde, Raphael Veiga assume a responsabilidade pelas falhas recentes, mas não abandona a confiança em recuperar o bom futebol.

“Não tem ninguém nesse mundo mais chateado que eu. A vida é muito louca. Há um mês me intitulavam como um ‘dos caras’ para bater pênalti. Já fui decisivo em jogo grande. Acertei o pênalti de maior responsabilidade da minha carreira e errei hoje. Nem nunca e nem sempre. É isso. Nem o melhor e nem o pior. Errar às vezes, assumir as responsabilidades sempre”, escreveu o meia nas redes sociais.

PROBLEMA E SOLUÇÃO

O Palmeiras de Abel Ferreira ganhou muito em criatividade na temporada 2022. O time enfileira oportunidades claras de gol. Porém, a efetividade de seus atacantes preocupa. A comissão técnica portuguesa enxerga essa dificuldade de conversão de gols como o principal mal a ser sanado. O desperdício de chances pode custar títulos e classificações, como na última quinta-feira.

Sem poder contar com Rony e Rafael Navarro lesionados, além dos gringos José Manuel López e Miguel Merentiel – que ainda não puderam ser inscritos -, o técnico Abel Ferreira deve repetir a escalação da vitória sobre o São Paulo. Única dúvida fica por conta de Gabriel Veron ou Wesley para fazerem companhia a Gustavo Scarpa, Dudu e Raphael Veiga no setor ofensivo.

DUELO LUSITANO

Abel Ferreira terá um duelo curioso à beira do campo. O técnico do Cuiabá também é português, António Oliveira, e conhecido de longa data do comandante do time paulista. Ele foi treinador do Athletico-PR em 2021 e aceitou o convite mato-grossense para substituir Pintado no restante da temporada. António Oliveira não esconde a vontade de reencontrar o compatriota e repetir o feito da última temporada, em que o Cuiabá venceu o Palmeiras no Allianz Parque por 2 a 0.

“O Palmeiras é um grande adversário, com ótimos jogadores e treinador. São nesses jogos que queremos estar presentes, que dão visibilidade, testam nossos limites e mostram quanto evoluímos. Vamos sofrer, mas teremos nossas chances. Muito motivados. Como o Abel diz, espero que seja um daqueles dias em que sejamos o Bayern, o ‘Cuiabayern'”, brincou o português em entrevista.

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