Vasco apresenta superávit e detalhes das finanças da SAF

Clube de São Januário mostra saldo positivo no social e na SAF nos primeiros quatro meses

Vasco divulga balanço financeiro com superávit no clube social e caixa positivo na SAF nos primeiros meses de 2025.

Foto: Divulgação/Vasco
Foto: Divulgação/Vasco

Rio de Janeiro, RJ, 26 (AFI) – O Vasco divulgou nesta semana o balanço financeiro referente ao início de 2025, apresentando superávit no clube social e saldo de caixa positivo na SAF. Os números, detalhados em relatório enviado à Justiça, trazem o cenário das contas do clube de São Januário nos primeiros quatro meses do ano.

O documento, elaborado a partir das demonstrações contábeis de 2024, destaca que as informações da SAF ainda não foram auditadas e o parecer dos auditores independentes deve sair até junho de 2025. O pedido de recuperação judicial do clube e da SAF teve como origem dificuldades financeiras acumuladas, principalmente por problemas de gestão anteriores. Desde a criação da SAF, em 2022, a dívida do Vasco cresceu em R$ 350 milhões, mesmo com aportes de investidores estrangeiros até 2023.

VASCO EXIBE SUPERÁVIT NO SOCIAL E ARRECADAÇÃO NA SAF

O clube social encerrou o primeiro quadrimestre com superávit de R$ 786 mil e saldo em caixa de R$ 1,4 milhão. Foram mais de R$ 6,6 milhões em receitas, vindas de patrocínios, royalties, bilheteria e programas sociais, além de repasses da SAF. As despesas administrativas, custos com jogos, impostos e outros gastos somaram R$ 5,9 milhões.

Na SAF, os números também são positivos: abril fechou com caixa de R$ 29,9 milhões. De janeiro a abril, o futebol vascaíno arrecadou aproximadamente R$ 124 milhões, com destaque para receitas de direitos de TV, vendas de atletas, publicidade, patrocínio e bilheteria. Apenas em fevereiro, a SAF embolsou R$ 52,8 milhões, sendo R$ 31 milhões em direitos de transmissão e R$ 15,3 milhões em negociações de jogadores.

REDUÇÃO DE LIQUIDEZ E NOVOS DESAFIOS NA TEMPORADA

O relatório aponta que o Vasco investiu cerca de R$ 27,7 milhões em reforço esportivo e estruturação técnica, o que impactou na liquidez de curto prazo. O caixa, que tinha R$ 58 milhões em fevereiro, caiu para R$ 27,8 milhões em abril, mantendo, porém, fôlego nas operações. As saídas de caixa operacional cresceram mês a mês, chegando a R$ 33,3 milhões em abril, puxadas pelos custos do futebol profissional e despesas administrativas, que representaram mais de 85% das saídas no período.

Mesmo com a redução de liquidez, o saldo final da SAF em abril garante estabilidade para o clube continuar tocando o projeto de reestruturação financeira. O dirigente Pedrinho afirmou que o clube colhe frutos do controle rígido de gastos e de novas estratégias de arrecadação, ressaltando que há desafios a superar, especialmente o aumento da dívida gerado por gestões passadas.