Um primeiro tempo pro Guarani esquecer, contra o Cuiabá
A defesa voltou a falhar e o Guarani perdeu para o Cuiabá na estreia de Chamusca
Um primeiro tempo pro Guarani esquecer, contra o Cuiabá
À reportagem do canal SporTV, no intervalo da partida da noite desta quinta-feira na capital mato-grossense, o zagueiro Luís Gustavo definiu com propriedade aquilo que havia ocorrido com o Guarani: “Até agora a gente não entrou no jogo”.
Esse até agora que ele se referiu já mostrava o placar de 2 a 0 para o Cuiabá, além do pênalti desperdiçado pelo lateral-esquerdo Paulinho, que chutou a bola na trave.

A opção do Cuiabá de se retrair no segudo tempo para administrar a vantagem implicou em maior volume de jogo do Guarani, mas na prática apenas uma real oportunidade de gol foi criada e convertida, em jogada pessoal de Filipe Cirne, que chutou a bola no ângulo do goleiro Matheus Nogueira.
CHUVA
Se a chuva e gramado encharcado já seriam obstáculos para o Guarani, o golaço do meio-campista Jean Patrick para o Cuiabá, logo aos três minutos, serviu para desarticulá-lo.
Pela característica de competitividade e por conhecer o gramado, o Cuiabá se adaptou àquele circunstância, enquanto o Guarani penou com erros consecutivos de passes, tentativa em vão de conduzir a bola que parava em poça d’água, e sobretudo falhas individuais.
Aos sete minutos, por exemplo, Luís Gustavo poderia ter colocado a bola para escanteio, na disputa com o atacante Jefinho, mas a tentativa de protegê-la para a saída do goleiro Kléver custou o segundo gol do Cuiabá, visto que seu companheiro se atrapalhou na jogada.
GOLEIRO FALHA DE NOVO
E Kléver voltou a falhar em saída de bola para o lateral Thalyson, marcado, com desdobramento da jogada resultando em bola interceptada com o braço e pênalti cometido pelo bugrino.
Naquele primeiro tempo tenebroso do Guarani, com apatia do atacante Davó, houve também perda do meia-atacante Lucas Crispim, lesionado, aos 21 minutos.
Lógico que a entrada de Feijão no lugar de Davó, após o intervalo, não representou ganho. Apenas mais movimentação.
CIRNE
O erro de cálculo do treinador interino do Guarani, Thiago Carpini, foi projetar que haveria somatória com a entrada de Devid Souza no lugar de Crispim.
Na prática, o Guarani só começou a mudar um pouco de cara com a entrada de Filipe Cirne aos 18 minutos do segundo tempo, no lugar de Ricardinho, quando a drenagem da Arena Pantanal já havia absorvido o aguaceiro do início.
Quatro minutos depois ele fez jogada pessoal pela direita, cruzou no chão, e não apareceu um pé pra empurrar a bola pra rede.
De nada adiantaria maior volume de jogo ofensivo do Guarani àquela altura se Cirne não voltasse a fazer jogada individual, desta vez com sucesso aos 29 minutos.
Logo, deduz-se que poderia haver mais ganho se Cirne ocupasse o lugar de Crispim.
ALÊ E LUCAS BRAGA
Se no Guarani reclama-se da falta de reposição de ‘peças’ quando das perdas de titulares, pior é a situação do Cuiabá.
Decréscimo de rendimento durante o segundo tempo teve muito a ver com o desgaste de Jean Patrick, substituído com desvantagem por Moisés.
Quando o voluntarioso baixinho Felipe Marques cansou, a entrada de Matheus Anderson em nada acrescentou.
Além disso, o treinador estreante do Cuiabá, Marcelo Chamusca, demorou pra sacar Jefinho, que sequer recebia bola e já não se movimentava.
Se cabem observações no elenco do Cuiabá, o meia Alê sabe jogar e Lucas Braga é atacante de beirada rápido, que pode ser lapidado. Dependendo do custo-benefício, seria uma aposta válida, até porque sabe fazer a recomposição.





































































































































