Treze anos sem o treinador Zé Duarte

Treze anos sem o treinador Zé Duarte

Treze anos sem o treinador Zé Duarte

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O treinador Zé Duarte teve significado ímpar para Guarani e Ponte Preta, mas os seus 13 anos de morte, registrado neste 23 de julho, foi lembrado pelos familiares e poucos amigos comuns. Veja abaixo a história de Waldir Peres, morto no dia 23.

Como a função precípua do espaço Cadê Você é resgatar àqueles que em vida ou na memória tiveram folha de serviço prestado ao futebol campineiro, citemos, então, o ‘seu’ Zé, que morreu aos 68 anos de idade.

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Quando o peso da idade já não lhe permita cumprir funções no gramado de treinador, sua experiência foi válida como supervisor da seleção brasileira de futebol feminino nos Jogos Olímpicos na Austrália de 2000, que resultou na quarta colocação.

Ele já conhecia a maioria das meninas ao assumir o desafio de treiná-las, anos antes. Ou melhor: pacientemente ensinou-lhes o bê-á-bá. Voltou à metodologia de início de carreira nos juvenis do Guarani, na década de 60, quando levado pelo ex-presidente Jaime Silva procurou copiar o bem-sucedido exemplo do Fluminense de garimpar garotos e lança-los à equipe principal.

ENCANADOR

Até então, Zé Duarte ganhava a vida trabalhando como encanador, e nos domingos comandava o time amador do Proença, sempre com o jeitão discreto de puxar o jogador num canto para aconselhá-lo.

Em 1966 topou o desafio de treinar o juvenil da Ponte Preta, com garotada lapidada pelo antecessor José Virginelli, o Lilo. Um deles foi o meia Dicá.

O técnico vitorioso Nelsinho Baptista foi seu discípulo na Ponte Preta, quando era um lateral-direito apenas razoável.

O primeiro reconhecimento de Zé Duarte como comandante de equipe profissional foi na Ponte Preta, ao montar time de garotos que a reconduziu à divisão principal paulista em 1969, após nove anos de fracasso na divisão inferior.

Por isso causou surpresa ter voltado, logo em seguida, a treinar os juvenis do Guarani. A aspiração ao profissional só ocorreu após a queda do treinador Daltro Menezes, no clube.

CLUBES GRADUADOS

Ali começava andança por clubes graduados como Cruzeiro, Santos, Bahia, Inter (RS), Atlético Paranaense, até atingir outras passagens triunfais pelo futebol de Campinas.

Predestinado ao sucesso na Ponte Preta, a levou às finais do Campeonato Paulista de 1977 e 79.

Foi o comandante do Guarani na conquista da Taça de Prata de 1981 e, com a reluzente dupla de ataque Jorge Mendonça e Careca chegou à semifinal do Campeonato Brasileiro do ano seguinte.

Zé Duarte tinha hábito de repetir expressões como ‘a verdade e uma só’ ou ‘ inclusive’, em cada frase que formulava.