Osvaldo Cruz, SP, 12 (AFI) – O Osvaldo Cruz não quer ficar muito tempo sem técnico e por isso já corre atrás do substituto de Edson Machado, que pediu demissão do cargo após a derrota para o Comercial, de virada, por 2 a 1, dentro de casa. Além de João Martins, do Taquaritinga e que já teria tido contato com a diretoria do Azulão, três nomes estão em pauta no Breno Ribeiro de Val.

O diretor de futebol do clube, Júlio Rondinelli, afirmou que a preferência para assumir o comando do time, lanterna da Série A-2, com apenas dois pontos, é por três nomes: Pinho, Varlei de Carvalho e Vitor Hugo.

“São três técnicos experientes e que dariam um jeito no nosso time. É disso que estamos precisando aqui. Alguém que traga sua experiência e nos faça subir a competição”, afirmou Júlio.

Veja o perfil dos cotados para assumir o Azulão

Pinho
A carreira de Pinho como treinador começou de maneira curiosa. Logo depois que deixou de ser jogador do Novorizontino, ele passa a dirigir a equipe, no mesmo ano de 1978, aos 33 anos de idade. O técnico voltaria a Novo Horizonte em 1984, para trabalhar na equipe. O primeiro título veio logo no ano seguinte.

Comandando o Jaboticabal, Pinho conseguiu levar a equipe da quarta para a terceira divisão do futebol paulista e voltaria ao clube anos mais tarde, em 1983.

Em 1980, mais um título na curta carreira de Pinho. Foi da Copa São Paulo, desta vez dirigindo o Sertãozinho. Nos anos seguintes, Pinho fez uma verdadeira peregrinação nos clubes do interior do estado de São Paulo. Passou por Taquaritinga, Bandeirante de Birigüi, Inter de Bebedouro, Sãocarlense, Francana e Rio Preto.

Foi em 1988 que Pinho conseguiu um de seus principais títulos na carreira. Levou o Olímpia ao título de Campeão Paulista da Série A-3, subindo a equipe para a segunda divisão do campeonato. O ano de 1991 foi também marcante para Pinho. Ele conseguiu levar o Esportivo de Passos às finais do Campeonato Mineiro ao lado de pesos pesados do estado como Cruzeiro, Atlético e América.

Depois, nos anos de 1993 e 1994, mais títulos. Pinho conquistou com a Internacional de Bebedouro a dois acessos consecutivos. Nas Séries B1-A e A-3 do Campeonato Paulista, levando a equipe pela primeira vez à segunda divisão.

Em 1997, Pinho dirigiu duas equipes em um ano. No primeiro semestre comandou o Bragantino e, no segundo semestre, levou o Sampaio Corrêa a um título invicto do Campeonato Brasileiro da Série C. Foram 12 vitórias e seis empates em uma grande campanha. Dois anos depois, voltaria a ser campeão pelo Sampaio Corrêa, no Campeonato Maranhense.

No ano de 1998, mais uma façanha. Conseguiu tirar o Sãocarlense do rebaixamento para a terceira divisão do Campeonato Paulista, no primeiro semestre e levou o CRB-AL para a disputa dos play-offs do Brasileiro da Série B.

Depois de trabalhar como coordenador técnico do Rio Preto, levando a equipe ao título da Série A-3 e ao acesso para a Série A-2, trabalhou ainda no Jaboticabal antes de se transferir para o Grêmio Maringá-PR.
Os últimos trabalhos de Pinho foram excelentes. Foi muito bem como o Maringá, no paraná, depois também montou a base do Comercial ano passado. Atualmente, pediu demissão do Anapolina-GO.

Varlei de Carvalho
Varlei de Carvalho é um dos mais experientes treinadores em ação no futebol brasileiro. Como principais conquistas, o treinador carrega o título de campeão Paranaense, pelo Londrina, em 1992. Em 1986, outra trinufo importante. Foi campeão do Paulista da Segunda Divisão, pelo Noroeste, garantindo o acesso para a elite do futebol paulista ao Norusca.

Comandou diversas equipes do interior paulista, entre elas Comercial, Catanduvense, Bandeirante, Mirassol, Marília, Botafogo e XV de Piracicaba.

Vitor Hugo
Vítor Hugo foi um zagueiro de muito vigor físico. Um exímio xerifão, como era chamado, teve passagens por 21 clubes do futebol brasileiro, entre eles Flamengo, Portuguesa e Guarani.

Como treinador, Vítor Hugo se utiliza da experiência adquirida durante 20 anos de carreira como jogador e tendo trabalhado com grandes treinadores do país. Evaristo de Macedo, Cilinho, Rubens Minelli, Vanderlei Luxemburgo, Jair Picerni e Luís Felipe Scolari foram alguns dos nomes com quem viveu boa parte de sua vida. De Felipão, inclusive, tirou suas maiores características, entre elas a de disciplinador.

Com Vítor no comando, o time quase sempre vence. Até antes de chegar ao Moto Clube, conquistou 46 vitórias, 25 empates e apenas 11 derrotas. Atualmente, o comandante analisa propostas de clubes brasileiros e até do exterior.