“Treino é treino, jogo é jogo é pura balela”

Sábias palavras do treinador da Ponte Preta, Paulo César Carpeggiani

Valdir Pereira, o meia Didi, deu grande contribuição ao futebol brasileiro com seu estilo elegante e liderança em campo nas décadas de 50 e 60. Entretanto foi traído por uma frase que se perpetuou: “Treino é treino, jogo é jogo”.

Quantos e quantos boleiros que treinam mal invocam a frase de Didi na tentativa de justificar que no jogo tudo será diferente.

Enfim, sábias palavras do novo treinador da Ponte Preta, Paulo César Carpeggiani, quando repudiou o bordão criado por Didi. “Esse negócio de treino é treino, jogo é jogo é pura balela. Vou querer que o meu time sempre treine bem, para que faça um bom jogo”.

Carpeggiani me fez lembrar do saudoso treinador Zé Duarte, que ficava extremamente incomodado quando as equipes que dirigia treinavam mal. O castigo pra boleirada era treino estendido até escurecer, visando os ajustes necessários.

FALTAS
Carpeggiani também intensificou o trabalho técnico e exigiu o exercício básico de cobranças de faltas.

Outra decisão acertada. Há dois anos tenho cobrado aqui jogadores com aptidão para cobranças de faltas no elenco da Ponte Preta, fato relegado pelos ex-treinadores Gilson Kleina e Guto Ferreira.

Por sinal, projetar um cobrador de faltas com aceitável índice de acerto deveria fazer parte do planejamento de qualquer clube.