Torcida organizada condena uniforme amarelo do Corinthians e é alvo de críticas

A tonalidade não agradou muitos torcedores e levou a uma nota de repúdio da principal torcida organizada

Na década de 1980, o Corinthians decidiu submeter ao voto dos jogadores e funcionários todas as decisões do clube

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Corinthians com uniforme amarelo. Foto: José Manoel Idalgo

São Paulo, SP, 23 – O Corinthians estreia nesta sexta-feira seu novo uniforme 3. Com um tom amarelo, o fardamento corintiano homenageia Sócrates, Casagrande, Vladimir e as “Diretas Já!”, movimento que liderou a promoção da redemocratização do País. No entanto, a tonalidade não agradou muitos torcedores e levou a uma nota de repúdio da principal torcida organizada do clube, a Gaviões da Fiel.

“Os Gaviões da Fiel Torcida vêm a público dizer que não está de acordo com as trocas recorrentes das cores das nossas camisas. O Corinthians é preto e branco. A tradição não deve e nem pode ser quebrada. Nós, como a maior torcida organizada do Timão, somos veementemente contra a colorização das camisas em campo e na bancada”, publicou a torcida nas redes sociais.

A nota, no entanto, não contou com muito apoio de outros corintianos, que responderam a publicação com críticas diretas à Gaviões. Alguns apontaram “hipocrisia” da organizada pela falta de manifestações contrárias ao momento negativo vivido pelo Corinthians dentro de campo.

“Não tem como contar a história do Corinthians sem relembrar a icônica força da Democracia Corintiana. Com esta camisa, prestamos mais uma linda homenagem àquela equipe que marcou época e ajudou a influenciar um debate crucial para o País”, afirmou Duílio Monteiro Alves, presidente do Corinthians, durante lançamento do novo uniforme. O clube vive no fim do ano suas eleições para presidente.

LEMBRANÇAS

Na década de 1980, o Corinthians decidiu submeter ao voto dos jogadores e funcionários todas as decisões do clube. O movimento ficou conhecido como Democracia Corintiana. A cor amarela foi usada pelo jogadores, artistas e jornalistas durante um comício no centro de São Paulo pedindo a volta de eleições diretas no País conforme a Ditadura Militar chegava ao fim. A data do evento está escrita na parte interna da nova camisa, na altura da nuca, com a inscrição “Vale do Anhangabaú – São Paulo/SP – 16 abril 1984″.

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