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Campinas, SP, 27 (AFI)- Há um ‘fenômeno’ por ora indecifrável no futebol brasileiro, e exatamente por isso é preciso buscar as devidas explicações. Você se deu conta do considerável aumento de público nas competições das Séries A e B do Campeonato Brasileiro?

Outrora, dizia-se que a televisão tirava público dos estádios, mas como explicar canais de televisão aberta mostrarem imagens ao vivo dos jogos, sem que isso sirva de desestímulo para torcedores irem aos campos?

A motivação para comparecerem passaria pela capacidade de persuasão das próprias emissoras de TV, que escancaram espaço para propagação dos eventos?

COPA DO BRASIL

Como pode o Flamengo colocar preço mínimo de ingresso de arquibancada a R$ 400 e 67.350 torcedores comparecerem ao Estádio do Maracanã, na primeira partida da final contra o Tricolor?

Pra não ficar muito atrás, o São Paulo colocou no Estádio Morumbi público de 63.077 no chamado jogo da volta, domingo passado. Tudo com arrecadações que superaram R$ 24 milhões.

Sim, tratava-se de decisão de título e aí mexe com os torcedores.

PALMEIRAS E CORINTHIANS

Já é praxe Palmeiras e Corinthians jogarem para público aproximado e até maior de 40 mil pessoas em seus respectivos estádios. Peguemos a penúltima rodada do Brasileirão, quando o Palmeiras recepcionou o Goiás.

Pois o público pagantes no Allianz Parque foi de 38.146 torcedores.

Veja outros três jogos com público acima de 30 mil pessoas: Fortaleza x Corinthians contou com 32.660 pagantes.

Cerca de 3,2 mil a mais estiveram no clássico Vasco e Fluminense. E 31.720 torcedores foram conferir a vitória do Atlético Mineiro sobre o Botafogo (RJ).

Se é justificável mais de 20 mil pagantes para Inter e São Paulo, como explicar o Coritiba, flertando com o rebaixamento, superar em cerca de 600 torcedores o público do jogo do Inter, quando recepcionou o Bahia?

Quais os ingredientes de motivação para um jogo entre Cuiabá e América (MG)? Para 8.509 pagantes houve.

SÉRIE B

Se o Vitória (BA) justifica a liderança da Série B, o seu torcedor responde com presença em seus jogos. Foram 23.150 diante do Avaí. A regularidade de público em jogos do Criciúma se prolonga desde o início da competição.

Quando recepcionou o Mirassol, foram registrados 14.070 torcedores no Estádio Heriberto Hülse, em Santa Catarina.

Vila Nova e Ponte Preta foi jogo de 7.928 pagantes. Até a Ponte Preta, ao recepcionar o Mirassol, levou para o Estádio Moisés Lucarelli o público total de 4.935 torcedores.

GUARANI

Apesar da boa fase recomendar, quem vê o Guarani arrastar 9.041 torcedores no jogo contra o Tombense, talvez possa questionar como em 1988, ao recepcionar o Universitário de Lima (PER), pela Libertadores, o clube contou apenas com 2.028 torcedores no Estádio Brinco de Ouro?

Aí, quando a sobrevivência na Libertadores estava em jogo contra o San Lorenzo da Argentina, por que apenas 2.669 bugrinos se motivaram para prestigiar a equipe em seu estádio?

Por sinal, com aquela derrota por 1 a 0, o time se despediu melancolicamente da competição. O que fez o bugrino despertar e prestigiar a equipe nos últimos anos?

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