Campinas, SP, 10 (AFI) – O sábado no Rio de Janeiro ficou marcado mais uma vez por confronto entre torcedores de times rivais, e dessa vez com uma vítima. Antes do inicio do clássico entre Botafogo e Flamengo, dois torcedores flameguistas foram baleados na Ilha do Governador, e levados para a emergência do Hospital Municipal Evandro Freire. Um deles não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.

Um grupo de boafoguenses estava em um ônibus escoltado pelo Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (GEPE) na Avenida Brasil, quando os torcedores ordenaram para que o motorista parasse o ameaçando. Isso porque havia torcedores do Flamengo no local, de acordo com Silvio Luiz, comandante do batalhão especializado.

A assessoria de comunicação da PM enviou nota confirmando a morte do torcedor rubro-negro:

“Na tarde deste sábado (10/11), policiais militares do 17º BPM (Ilha) foram acionados pare verificar uma briga entre torcedores do Flamengo e Botafogo na Rua Combu, no bairro Cacuia. No local foi constatado que a confusão já tinha terminado e que houve tiros disparados e baleados. A equipe então foi até a emergência do Hospital Municipal Evandro Freire, também na Ilha do Governador, e constatou que dois torcedores baleados haviam dado entrada naquele pronto-atendimento e que um dos feridos não havia resistido aos ferimentos. Agentes da Delegacia de Homicídios (DH-Capital) estão no local”, diz o relato.

AMEAÇA
O motorista chegou ao estádio chorando após ser ameaçado e obrigado a parar o ônibus. Os torcedores desceram do veículo com intenção de brigar. O ônibus chegou ao Nilton Santos com as janelas quebradas.

“Esse grupo estava sendo escoltado. Na Avenida Brasil, viram uma concentração da torcida do Flamengo, determinaram ao motorista que parasse o ônibus, e desceu todo mundo para entrar em conflito. Aí o policiamento teve de atuar, recolheu todo mundo para o ônibus e trouxe direto para o Juizado. O grupo de torcedores do Flamengo estavam concentrados na altura do Parque União. Acredito que não (foi marcado), porque o ônibus vinha com escolta”, afirmou o comandante do Gepe.

SEM CONFRONTO MARCADO
O comandante do Gepe descartou a possibilidade de ter sido um confronto marcado. “Acredito que não, pois o ônibus estava escoltado.”

O grupo foi levado para o Juizado Especial do Torcedor no estádio.