Tite celebra vitória do Flamengo na Libertadores, mas faz ressalvas sobre atuação

Técnico elogiou postura no primeiro tempo, onde, segundo ele, o Rubro-Negro poderia ter feito de três a quatro gols; time foi pressionado na etapa final

Comandante também comentou sobre a alta carga de partidas e outros assuntos em entrevista

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Foto: Marcelo Cortes/Flamengo

Rio de Janeiro, RJ, 11 (AFI) – O Flamengo venceu a primeira na atual edição da CONMEBOL Libertadores. Na última quarta-feira, o Rubro-Negro passou pelo Palestino-CHI, no Maracanã, por 2 a 0. Técnico do clube, Tite, diante da maratona de jogos pela frente, disse que irá sentar com a diretoria para definir prioridades. Segundo ele, precisará de todos os jogadores.

“Eu não tenho a dimensão. Vamos sentar com a direção para estabelecer prioridades. É humanamente impossível trabalhar com competições de tamanha grandeza, e a equipe se repetindo quarta e domingo. Hoje entrou o Léo Ortiz, Fabrício estava com seis jogos seguidos, duas viagens. Nessa valorização do grupo, é importante que todos estejam preparados. Vamos precisar de todos.”

Sobre o desempenho nas quatro linhas frente aos chilenos, o treinador afirmou que estava ciente da obrigação pelo triunfo. De acordo com o profissional, o time desperdiçou oportunidades na etapa inaugural, admitindo, igualmente, a queda de rendimento nos 45 minutos finais.

“Sabíamos que tínhamos de vencer, num jogo em que fizemos um grande primeiro tempo, com grande volume. Quando você não faz o segundo gol, começa a ficar tenso, nervoso, começa a bola parada. Equipe precisa de maturidade para jogar com pressão, como fez, e faz o segundo gol. Não queria. Queria fechar o primeiro tempo porque já merecia três ou quatro a zero. Foi pressionado no segundo tempo, mas felizmente pode definir também com trocas no segundo tempo.”

Ainda de acordo com Tite, o Fla não paga preço de saúde de nenhum atleta para vencer partidas. O comandante também lembrou que o objetivo inicial dos dirigentes era a conquista do Estadual, algo conseguido pelo plantel flamenguista.

“O aspecto clínico tira atletas, fisiologia não tira atletas. Engloba parte tática e daqui a pouco vai ter um jogador que é necessário. Flamengo não paga preço de saúde de atleta para vencer jogo. É sentar para ver o que a direção também tem. A diretoria colocou que a prioridade era vencer o Carioca. Bruno Spindel, Marcos Braz e Luiz colocaram isso. Agora é sentar e elencar esse norte.”

OUTROS TEMAS

Características

“Allan faz um ‘double‘ cinco, com dobra de meio-campista e deixa o meio mais livre. Quando tem BH, você tem bola de profundidade. Quando tem o Cebola, tem o jogo combinado. Com Victor Hugo, você tem mais retenção de jogo apoiado. Com Luiz, o jogo de velocidade.”

Diferença de postura nas etapas

“Ela teve o aspecto emocional e físico, com a responsabilidade de fazer o placar, de saltar na tabela. Devo reconhecer uma coisa que cobrei bastante essa semana é a precisão de finalização. No outro jogo, a gente teve um declínio. Tivemos muitas oportunidades, e o goleiro adversário estava posicionado em dois lances. Foi um grande jogo no primeiro tempo, temos que reconhecer. Quando você não traduz isso, fica uma ansiedade no ar. Tem que passar por esses momentos e saber ser gelo.”

Gols perdidos

“Penso em treinar até os 75, se não eles fizeram os gols vão me fazer parar com 63 (risos). Dá volume. Numa bola parada. Bota várias bolas, e o cara vai “tum” e empatou. Precisa traduzir isso. O plantel do Flamengo foi criado e estruturado. Eu não tenho que fazer uma coisa que eu goste. Eu tenho que adaptar.”

Elogios aos zagueiros

“Léo Ortiz jogou muito, Fabrício e Léo Pereira são dois jogadores selecionáveis. E o Bahia é um garoto que vocês ainda vão ter que falar muito. Técnico não tem que ser dono de plantel, mas ele vai construindo.”

SEQUÊNCIA

Pela estreia no Campeonato Brasileiro, o Flamengo encara o Atlético-GO, às 16h, no Serra Dourada. O duelo acontece no domingo e o Placar FI acompanha ao vivo.

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