Time da Ponte, com a cara do demitido Marcelo Oliveira, volta a decepcionar

Terceira derrota consecutiva do time pontepretano na Série B é resultado da falta de planejamento

Time da Ponte com a cara do demitido Marcelo Oliveira volta a decepcionar

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Aqueles sucessivos recuos de bola do time pontepretano quando contava com onze jogadores e depois se repetiu com dez, deu a impressão que estava administrando a derrota por 1 a 0 para o Operário (PR), na noite desta segunda-feira, em Ponta Grossa.

Quem se dispuser a rever o jogo vai observar que no primeiro minuto de partida, por oito vezes os jogadores da Ponte Preta recuaram a bola.

Como isso tem-se repetido há tempos, o mínimo que o treinador interino Fábio Moreno deveria exigir na preleção seria evitar desnecessário recuo de bola, exceto em situação de extrema necessidade.

MAL TREINADO

O que esperar de um time em que o atleta só passa a pensar naquilo que vai fazer com a bola apenas quando ela chega aos pés?

Simples. Time mal treinado implica em o atleta decidir por conta própria o que deve fazer. Fica tudo ao deus-dará.

Podem até argumentar que Moreno não teve tempo para treinar a equipe, mas convenhamos que poderia dar uma sacudida e fazer quem sabe jogar bola.

Como explicar atuações fraquíssimas do atacante Bruno Rodrigues e meia Camilo?

RUAN RENATO

Inadmissível zagueiro receber cartão amarelo por reclamação, até porque ele está sujeito a ser novamente advertido em disputa de bola.

Pois Ruan Renato desconsiderou isso, e quando teve que matar jogada aos onze minutos do segundo tempo acabou expulso.

Vai ficar por isso mesmo, ou o Departamento de Futebol do clube vai puni-lo, por prejuízo desnecessário provocado à equipe?

Aí o interino Moreno, convencional como a treinadorzada do passado, recompõe a zaga com a entrada de Alisson e saca o volante Luís Oyama, que por sinal errou vários passes e estava mal na partida.

Esse conservadorismo passa a impressão que o mais importante seria não sofrer mais gols, e não buscar opções mais ousadas.

Foi por essas e outras que a Ponte não exigiu uma defesa sequer do goleiro Martin Rodrigues do Operário, pois nas duas chances de gols criadas ao longo da partida – precisamente no segundo tempo -, zagueiros do Operário salvaram.

Foi Ricardo Silva quem evitou gol na conclusão de Apodi após cruzamento de Lazaroni, e Reniê evitou finalização de Pedrinho, que no pouco tempo que jogou rendeu mais de que Bruno Rodrigues.

JOÃO VERAS

Oras, na derrota para o Avaí já se observou que o atacante João Veras foi totalmente absorvido pela marcação e a recomendação lógica seria a busca de outro jogador para a função.

Pois o atleta voltou a ser escalado e mantido até o final.

Constata-se quando o atleta manifesta mais preocupação consigo de que com a equipe quando tentou marcar gol de bicicleta, em opção nada recomendável para aquela situação, e ainda mais para quem perdeu todas as jogadas.

Não bastasse desorganização da equipe desde a saída de bola até a chegada ao último terço do campo, as falhas não diferem de partidas anteriores.

FALHA DE VINHAS

Logo aos cinco minutos a Ponte sofreu o gol, que começou com dupla falha do goleiro Ygor Vinhas.

Primeiro quando socou desnecessariamente bola defensável e nos pés de Rafael Oller, livre, porque o desatento atacante Moisés deixou de acompanhá-lo.

Na finalização, Vinhas rebateu a bola no pé do meia-atacante Ricardo Bueno, livre de marcação, que só a empurrou pra rede.

Depois disso o Operário passou a jogar atrás da linha da bola e imaginou explorar contra-ataques, raramente aproveitados. O time paranaense errou quase todas iniciativas, facilitou a recomposição dos pontepretanos, que igualmente erravam.

A somatória disso indica jogo sofrível, um dos piores da Ponte Preta nesta Série B do Campeonato Brasileiro.