Tiãozinho diz não ter ligação com bandeira 'comuna' da Ponte Preta
Oposicionistas acusam Tiãozinho de usar o clube para a política. Bandeira estava nas mãos de militante do PT.
Bandeira chamou atenção em manifestação no centro de Campinas
Campinas, SP, 8 (AFI) – Vários internautas e torcedores ligados à Ponte Preta manifestaram nesta semana repúdio a presença de uma bandeira do clube na passeata, sábado passado, em Campinas, contra o presidente Jair Bolsonaro. O fato reforçou a tese de oposicionistas sobre o uso político do clube pelo presidente Sebastião Arcanjo – o Tiãozinho.
A bandeira de tamanho aproximado de 2,5 metros por 3 metros tem duas frases. Na parte superior, ao lado do símbolo comunista aparece: ‘Macaca Comuna’. Na parte inferior, ‘Proletários Pontepretanos’. No centro em destaque está o escudo da Ponte Preta.
A manifestação foi promovida por sindicatos de servidores e professores, movimentos sociais e trabalhistas, como a CUT.
NADA A FALAR
Questionada à respeito, a assessoria do clube respondeu que o presidente sequer participou da manifestação, muito menos ajudou na confecção das bandeira. E que a Ponte Preta não poderia responder por um símbolo que alguém colocou numa bandeira.
O Portal Futebol Interior apurou que a bandeira pertenceria a Fernando Franco, filiado ao PC do B (Partido Comunista do Brasil). E não como, inicialmente indicado, que seria de Renato Manjaterra, professor Universitário que concorreu a vereador em 2016 e conseguiu 289 votos.
CARREIRA POLÍTICA
Tiaozinho iniciou sua militância política em 1986 fazendo oposição sindical dos eletricitários de Campinas. Em 1989, filiou-se ao PT (Partido dos Trabalhadores) de Campinas, sendo eleito vereador em 1996 e depois deputado estadual.
Primeiro presidente negro da Ponte Preta,Sebastião Moreira Arcanjo, mais conhecido como Tiãozinho, assumiu a presidência em novembro de 2019. Antes vice-presidente, ele assumiu o cargo após a renúncia de José Armando Abdalla, que se afastou alegando problemas de saúde.