Tião Macalé, beberrão que correspondia com a camisa do Guarani

Tião Macalé, beberrão que correspondia com a camisa do Guarani

Tião Macalé, beberrão que correspondia com a camisa do Guarani

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Histórias de jogadores de futebol beberrões remontam aos tempos. Há quem diga que o saudoso treinador Oswaldo Brandão costumava carregar garrafão de cachaça de alambique para servir aos seus boleiros cachaceiros.

No Guarani da década de 60, o imbatível no consumo de bebidas alcoólicas foi o volante Sebastião dos Santos, apelidado de Tião Macalé.

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A desproporção era tão desmedida que morreu aos 36 anos de idade em 1972, em Jundiaí (SP), cidade em que ficou radicado após bem conhecê-la na passagem pelo Paulista em 1968, quando formou dupla de meio de campo com Raimundinho e saboreou o acesso à elite do futebol paulista.

Natural do Estado do Rio de Janeiro, Tião Macalé integrou o elenco do Botafogo carioca entre os anos 50 e 60 como meia-de-armação, conformando-se inicialmente com a reserva do lendário Didi, devido à desigualdade de concorrência.

Quando o titular se transferiu ao Real Madrid da Espanha em 1959, Macalé ganhou camisa na equipe principal e participou da campanha de vice-campeão estadual, num time dirigido pelo saudoso João Saldanha e formado por Manga; Cacá, Jore, Ronald e Paulistinha; Airton e Tião Macalé; Garrincha, Paulo Valentim, Quarentinha e Zagallo.

GUARANI EM 1963

Na chegada ao Guarani em 1963, Macalé já estava adaptado à função de volante. Todavia teve que esperar o declínio de produção do titular Hilton para assumir a vaga, o que ocorreu no dia quatro de agosto daquela temporada, na derrota por 2 a 1 para o Santos de Pepe, autor dos dois gols, enquanto Berico marcou para o time bugrino.

Tião Macalé, ex-Botafogo-RJ, em 63 no Bugre

Tião Macalé, ex-Botafogo-RJ, em 63 no Bugre

Guarani da época? Dimas; Oswaldo Cunha, Ditinho, Eraldo e Diogo; Tião Macalé e Jurandir; Berico,, Américo Murollo, Felício e Oswaldo. Treinador: Francisco Sarno.

Na saída por empréstimo ao Paulista, Macalé fez parte da leva de boleiros bugrino que reforçou o time jundiaiense: Sidnei Poly, Miranda (que não era o campeão brasileiro de 1978), Cido Jacaré, Cardoso e Carlinhos.

No regresso ao Guarani em 1969, Tião Macalé já havia perdido espaço para Hélio Giglioli, volante vindo do Comercial de Ribeirão Preto, restando, portanto, a imagem do Macalé pulmão de aço para correr o campo todo, desarmar como poucos, e sabedoria no passe. Por isso foi ídolo da torcida bugrina mesmo viciado na ‘marvada’.

Nem por isso deixava de treinar forte para responder aos poucos críticos com a habitual eficiência nos gramados.