Teimosia de Kleina e desorganização do time; o que a Ponte poderia esperar mais?

Time pontepretano repete contra o Fluminense novo empate sem gols

Teimosia de Kleina e desorganização do time; o que a Ponte poderia esperar mais?

0002050259900 img

Longe de querer ser pessimista, mas cantei a bola na coluna anterior que o meia Léo Artur não acrescentaria absolutamente nada no time da Ponte Preta. Só não quis admitir isso o teimoso treinador Gilson Kleina ao escalá-lo, e aí ouviu a torcida xingar o jogador e pedir a substituição dele na noite desta quarta-feira no Estádio Moisés Lucarelli, no empate sem gols com o Fluminense.

Com três volantes até os 22 minutos do segundo tempo, seria admissível Kleina abrir mão de um deles e Jadson foi sacado.

O problema é que só pra contrariar o treinador colocou em campo o fraco Claudinho, que errou em quase todas as vezes que pegou na bola.

Sheik voltou a escalar errado e a errar nas trocas da Macaca

Sheik voltou a escalar errado e a errar nas trocas da Macaca

Quando o jogo estava se arrastando para novo empate por zero a zero, Kleina decidiu sacar o improdutivo Léo Artur para a entrada do jovem atacante Saraiva, que entrou com apetite para as jogadas pessoais. E isso causou algum incômodo ao Fluminense, até então só ameaçado em lançamento de Jadson com erro de finalização de Lucca.

DESORGANIZAÇÃO

Com a costumeira desorganização ofensiva, a Ponte Preta não pode reclamar dos dois pontos perdidos novamente em casa.

É voz corrente sobre reprovação da montagem do elenco e seguidos equívocos de Kleina. Isso reflete na desmotivação do torcedor pontepretano para comparecer ao estádio. Mesmo com barateamento no preço do ingresso e promoção ao Torcedor Camisa Dez, o público registrado foi de 5.967.

O primeiro tempo da Ponte Preta foi o mesmo do mesmo: nada de prático, além da reforçada malha de marcação, para evitar penetração de jogadores do Fluminense.

No início, já prevendo que a Ponte só poderia arriscar alguma coisa de prático com o atacante Lucca pelo lado esquerdo, o esperto treinador Abel Braga, do Fluminense, exigiu que o seu lateral-direito Luca ficasse atento na marcação, para aniquilar jogadas por ali. Por isso a Ponte não criou uma chance de gol sequer no primeiro tempo.

QUALIDADE

A bola não chegava com qualidade ao ataque porque não se pode cobrar criatividade dos volantes, e há deficiências no apoio dos laterais Jefferson e Danilo Barcelos.

Logo, se alguém tinha expectativa de sentido de organização do meia Léo Artur se equivocou.

Irritado porque a bola não chegava, Sheik tratou de recuar para buscá-la.

Apesar disso, naquela fase a Ponte só viveu de chuveirinhos, todos interceptados pelos defensores do Fluminense, que veio a Campinas com proposta de bloquear e contra-atacar, mas depois foi saindo e rondou a meta do goleiro pontepretano Aranha.

SEGUNDO TEMPO

Até que no segundo tempo a Ponte Preta teve mais volume de jogo, sem que isso resultasse em reais chances de gols.

A partir da metade daquela etapa, o Fluminense se contentou com o empate e pouco se lançou ao ataque.

De prático, no time pontepretano, atuação convincente do zagueiro Luan Peres, impressão favorável do volante Jean Patrick – com tendência de crescimento – e registro para a impetuosidade do garoto Saraiva, que deve ficar mais tempo em campo.