Súmula da final da Série C relata expulsões, agressões e desaparecimento de placas de substituição

A súmula do jogo, rica em relatos disciplinares, descreve um cenário de tensão crescente, culminando em agressões dentro e fora de campo e até o sumiço das placas eletrônicas de substituição

O árbitro registrou seis expulsões diretas por cartão vermelho. Entre elas, o técnico do Londrina, Roger Rodrigues da Silva

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Ponte Preta é campeã da Série C

Campinas, SP, 27 (AFI) – A Ponte Preta conquistou o título inédito do Campeonato Brasileiro da Série C neste domingo ao vencer o Londrina por 2 a 0, em uma partida que terminou marcada por confusão, expulsões e um relatório detalhado do árbitro Felipe Fernandes de Lima. A súmula do jogo, rica em relatos disciplinares, descreve um cenário de tensão crescente, culminando em agressões dentro e fora de campo e até o sumiço das placas eletrônicas de substituição após a invasão da torcida.

O árbitro registrou seis expulsões diretas por cartão vermelho. Entre elas, o técnico do Londrina, Roger Rodrigues da Silva, foi expulso após agredir o jogador Kevyn, da Ponte Preta, com uma cotovelada no peito durante a comemoração de um gol. O gesto iniciou um tumulto generalizado entre as comissões técnicas e atletas reservas. Após a decisão da arbitragem, Roger ainda se dirigiu ao assistente com o dedo em riste, conforme relatado no documento oficial.

Do lado da Ponte Preta, Kevyn Lucas e Danrlei Rosa também foram expulsos. Kevyn revidou a agressão de Roger empurrando o treinador com força excessiva, sendo contido por companheiros ao deixar o campo. Danrlei, por sua vez, desferiu um soco no rosto do massagista do Londrina, Fábio dos Santos, após ser atingido pelo adversário.

O comportamento de Fábio dos Santos foi um dos pontos mais graves do relatório. Segundo o árbitro, o massagista do Londrina acertou um soco no pescoço de Danrlei e, em seguida, desferiu um chute em João Gabriel, jogador da Ponte Preta que estava no banco. O profissional precisou ser contido por membros da própria equipe antes de ser expulso.

MAIS DETALHES

Também foram relatadas outras atitudes antidesportivas nas áreas técnicas. O preparador de goleiros da Ponte Preta, Lauro Júnior, foi expulso por se dirigir de forma agressiva ao massagista do Londrina, com ofensas verbais e ameaça de confronto físico. Segundo o árbitro, o treinador de goleiros partiu na direção do adversário com o dedo em riste e os seguintes dizeres: “eu vou te pegar seu filho da puta, vem bater na minha cara, seu safado”. Do lado paranaense, o jogador Vanderley recebeu vermelho após revisão do VAR por uma entrada violenta sobre Bruno Henrique, em lance que também contribuiu para o clima tenso da decisão.

O árbitro ainda destacou atrasos no reinício da partida, sinalizadores acesos nas arquibancadas e uma paralisação de oito minutos no segundo tempo em razão da confusão entre os bancos de reservas. Após o apito final e a confirmação do título da Ponte Preta, houve invasão generalizada de torcedores ao gramado. Conforme informado pelo delegado da partida, as duas placas eletrônicas de substituição desapareceram do estádio após a invasão, encerrando uma final marcada tanto pela conquista histórica quanto pelo tumulto fora das quatro linhas.

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