Status de 'Rei do Acesso' marca a carreira peculiar de Luiz Carlos Martins
Técnico do Noroeste está em sua terceira passagem pelo Alfredão e relembra como iniciou a sua trajetória à beira do campo
Técnico do Noroeste está em sua terceira passagem pelo Alfredão e relembra como iniciou a sua trajetória à beira do campo
Bauru, SP,02 (AFI) – O mundo do futebol é marcado por grandes reviravoltas que acontecem em um piscar de olhos. Para Luiz Carlos Martins foi assim: aos 30 anos, surgiu um pedido inesperado para treinar o Guaçuano e livrá-lo do rebaixamento. Foi o início de uma experiência à beira do gramado, marcada por muitas histórias e conquistas.
“Comecei a minha carreira com 30 anos. Na época, tinha acabado de sair do Guaçuano depois de quatro anos. No final, quando faltava uns 40 dias para o campeonato acabar, recebi a ligação do vice-prefeito da cidade, me pedindo para voltar para a equipe, para salvar do rebaixamento. Eu não podia voltar como jogador, porque já havia jogado por outra equipe, então fui como treinador e salvei do descenso”, revelou.
Apesar de pouca experiência como técnico, o profissional não se intimidou em dar sequência na nova função.
“Como já estava com 30 anos e tinha ido bem no primeiro trabalho, resolvi seguir como técnico. No segundo ano de trabalho, fui para o Rio Branco-MG, e consegui meu primeiro acesso”, completou.
Em 34 anos de carreira, Martins passou por diversos clubes do país e, em 17 oportunidades, conseguiu o acesso, recebendo o título de “Rei do Acesso”.
“Foram 17 acessos no total. Quando eu já tinha conseguido uns 10 acessos, subi com quatro equipes seguidas e aí veio esse título. Eu acho legal, mas acaba vindo com uma pressão a cada trabalho que começo”, explicou.
LIGAÇÃO COM O NOROESTE
Líder do Paulistão A3, Martins conduz o Noroeste pela terceira vez na carreira, já que trabalhou no clube em 1995 e 2008.
“Depois de 15 anos, volto a trabalhar no Paulistão A3. Eu moro aqui em Bauru e o Noroeste fazia o pedido fazia algum tempo e, em novembro, aceitei o pedido. Consegui trabalhar com a diretoria, com calma, para conseguir fazer uma pré-temporada. Os jogadores abraçaram a ideia, o meu modo de jogar e nos demos bem. Tenho jogadores mais experientes e mais novos, mas todos estão fechados com o clube”, disse o técnico.
O treinador também falou da importância de cada passagem em sua carreira para o seu desenvolvimento como profissional.
“Não tem nenhum trabalho que tenha me marcado mais. Acho que, se citar um só, estarei deixando um pedaço meu de fora. A maioria das equipes que treinei, trabalhei mais de uma vez. Se me chamaram de novo, é porque gostaram do que apresentei. Não dá para falar qual campanha teve mais destaque. Se trabalhei e consegui o acesso, isso que importa”, finalizou.
Antes da paralisação do Paulistão A3 em virtude da pandemia do Covida-19, o Noroeste aparecia na liderança com 26 pontos, seis de distância para o vice-líder EC São Bernardo.
Letícia Denadai, Especial para o site da FPF, Sob supervisão de Luiz Minici*






































































































































