Série D: STJD absolve treinador de goleiro da Portuguesa-RJ por injúria racial contra gandula

O fato aconteceu durante a terceira rodada da Série D. O gandula acusou o preparador de chamá-lo de "macaco". Para os auditores, faltaram provas.

Série D
Julgamento do STJD (Daniela Lameira / Site STJD)

Rio de Janeiro, RJ, 26 (AFI) – A Terceira Comissão Disciplinar do STJD do Futebol, julgou e absolveu o treinador de goleiros da Portuguesa, Felipe Verta Bastos, em denúncia de injúria racial contra o gandula João Victor Oliveira dos Santos, da equipe do Pérolas Negras. O fato aconteceu durante a terceira rodada da Série D. O gandula acusou o preparador de chama-lo de “macaco”, porém os auditores absolveram por falta de prova. A decisão é em primeira instância e cabe recurso.

No depoimento, o preparador de goleiros, apenas relatou que xingou o gandula, após retardar a volta do jogo.

“Esse menino estava retardando o jogo e ele me respondeu com xingamento. Em seguida eu respondi com o mesmo xingamento e ele falou que eu tinha chamado ele de macaco. Só para ressaltar, eu não chamei ele de macaco. Foi coisa rápida. Eu xinguei, ele me xingou e ele disse isso.”

Pelo lado do Pérolas Negra, o advogado Pedro Moreira, defendeu o gandula que também é atleta do Sub-20.

“Com relação a injúria racial, o gandula se revolta de uma forma que não é normal do calor de um jogo e faz imediatamente uma acusação de ter sido chamado de “macaco”. No depoimento ele reconhece que houve um atraso na reposição da bola. O Pérolas Negras concorda com o que foi dito pela Procuradoria. Fazer um boletim de ocorrência sem ter a certeza é algo gravíssimo. O gandula Dadinho é atleta do Sub-20 e foi questionado diversas vezes e em nenhum momento ele disse que tinha dúvidas” disse a defesa do Pérolas Negras.

PÉROLAS NEGRA PUNIDO

No mesmo processo, o Pérolas Negras foi multado em R$ 400, sendo metade por atraso e a outra metade pela conduta de um torcedor que lançou um líquido na direção da arbitragem. A decisão também cabe recurso.

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