Série C: Catadão que venceu Guarani só tem refugos. Veja!

Campo Grande, MS, 25 (AFI) – Quem leu a informação que o ex-treinador do Guarani, Rio Branco e Portuguesa Santista, Waguinho Dias, tinha assumido o Operário de Campo Grande, não percebeu que, na verdade, o Operário estará no Campeonato Brasileiro da Série C com uma equipe repleta de refugos de outros times.
O Operário terá um monte de jogador “cabeça de bagre” que andou fazendo jogos-treinos pelo interior de São Paulo e em Brasília e que chegou até ganhar do Guarani, em Campinas? Pois bem este Operário poderia jogar com o nome de “Catadão da Champs” como ficou conhecido este combinado de jogadores.

Pelo acerto com a empresa, o Operário emprestará a vaga na Série C e está recebendo em troca um monte de “refugos” e material esportivo, que será fornecido pela Champs, cuja diretora Mari Leandrini está tentando decolar como empresária de jogadores, usando a marca de sua empresa para alavancar seus negócios.

Refugos e mais refugos
Mesmo vestindo times como Brasiliense-DF, Avaí-SC, Bragantino, Guarani, entre outros, Mari Coppini Leandrini não conseguiu colocar seus jogadores nestes times, tendo sido obrigada a formalizar a parceria com o Operário para arrumar empregos para jogadores fracos, limitados e com problemas “extra-campo”.
Tais como os zagueiros Hugo, dispensado pelo Bragantino, Negretti, rebaixado em Goiás com o Novo Horizonte, o ala Niander e Zeziel, também dispensados pelo Bragantino e até o veterano goleiro Gléguer, conhecido no meio futebolístico como “Glu-Glu-Gléguer”, pela facilidade que engole perus.

Até o veterano zagueiro Anderson Lima, de 34 anos e que disputou o Paulistão pelo Ituano, disputará a Série C pelo “Catadão da Champs”. Anderson, inclusive, é tido como o mentor intelectual do “Catadão de Campo Grande”.

Inicialmente a idéia era que o treinador fosse Vilson Tadei, mas Tadei não quis deixar a Linense para aventurar-se no “Catadão”. Sem Vilson Tadei, o “Catadão” será comandado por Waguinho Dias.

Além destes refugos, o Operário já conta com outro veteraníssimo, o atacante Macedo, de 38 anos, que inclusive atuou como intermediário entre a empresária Mari Leandrini e o presidente do Operário, Toni Vieira.

Outros “refugos” são o chileno Arce e o atacante Zé Afonso, que jogou no Grêmio-RS, Santa Cruz-PE e Guarani.
Operário eliminado no Estadual
O anúncio da parceira acabou prejudicando o time no Campeonato Estadual. A equipe vinha bem, mas com a informação que tudo seria mudado e que os jogadores que disputavam o Campeonato Sul-Matogrossense não seriam prestigiado, a equipe começou a perder jogos fácies e sequer chegou ao quadrangular decisivo.

No Campeonato Brasileiro da Série C, o “Catadão” está no Grupo 9, teoricamente um dos mais fracos, apenas com um time competitivo, que é o Atlético Goianiense, já que Mixto-MT e Águia Negra-MS têm estruturas limitadas.

Operário tem história no Brasileiro
O Operário de Campo Grande marcou época no futebol brasileiro nos anos 70, sendo que em 1977 chegou às semi-finais do Campeonato Brasileiro com um timaço que tinha, entre outros, o lendário goleiro Manga e o treinador Carlos Castilho. Mas de muito tempo o Operário atravessa momentos difíceis e praticamente faliu, sendo que faz dez anos que não conquista um título estadual.